A vida do homem sobre a terra deve identificar-se com o seu fim último, participar da santidade e da glória de Deus. O salmo responsorial da solenidade de todos os Santos, lembrava que “nós somos a geração daqueles que procuram o Senhor”.
Procurar e escutar o Senhor, responder-lhe com fidelidade através de uma entrega generosa e de uma oração perseverante é um desafio constante para alimentar a nossa peregrinação a caminho da Jerusalém celeste.
O aprender a “caminhar juntos” na fé, na esperança e na caridade é um desafio sinodal que nos é dirigido no início do mês de novembro, com o olhar a contemplar o céu. A celebração da Solenidade de todos os Santos, com o convite a saborear a santidade do próprio Deus na vida e no testemunho e exemplo de todos os Santos, leva-nos a lembrar e a rezar por todos os fiéis defuntos.
A santidade é um atributo divino, que o Pai nos oferece através de um coração rico de amor e de misericórdia. Todo o ser humano é chamado a abrir-se a esta plenitude de vida, que o seu próprio Filho Jesus dá gratuitamente a todos os fiéis. Para isso, Jesus Encarnou no seio de Maria, nasceu, cresceu, viveu, morreu e ressuscitou ao terceiro dia para nos redimir e salvar com a sua vida nova.
A graça santificadora do Espírito Santo, o Senhor que dá a vida divina, o Deus amor, santifica e enriquece com a abundância dos seus dons todos os crentes. Guiados pelo Espírito Santo “caminhemos juntos na comunhão, na participação e na missão”. A sinodalidade deve andar de mãos dadas com a santidade para produzir frutos novos em cada um de nós e em toda a Igreja. A Igreja conduzida pelo Espírito propõe a cada um de nós um caminho de conversão e renovação pastoral, a que o Sínodo dos Bispos nos chama a fazer um caminho de compromisso e de mudança através do discernimento em comunhão e unidade eclesial.
A santidade é sempre uma experiência de vida em “Bem-Aventuranças” com a prática das obras de misericórdia, amando sempre a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Jesus pede-nos o seguinte: ”Sede santos, porque o vosso Pai celeste é Santo”. Temos diante de nós uma vocação à santidade, um desafio e uma oportunidade como cristãos para caminhar para Deus, sem esquecer os irmãos.
Ao longo deste mês de novembro queremos também oferecer orações, esmolas e jejuns em sufrágio de todos os fiéis defuntos. A comemoração de Fiéis Defuntos é um apelo que a Igreja como Mãe nos faz para rezarmos em sufrágio de todos os nossos familiares, parentes, pastores amigos e benfeitores, lembrando todos aqueles que não têm ninguém que os lembre e reze por eles. Vivamos a nossa fé com esperança na Ressurreição de Jesus Cristo, na vida eterna, na bem-aventurança do céu que nos está prometido.
Estamos a viver a Semana de Oração pelos Seminários Diocesanos com o tema: “Estar com Cristo para ser enviado”.
A falta de vocações ao ministério sacerdotal leva-nos a pedir a Deus este dom para a Igreja. Serviço importante para que o Reino de Deus cresça na nossa vida. Só quem aprende a estar e a viver com Cristo e se sente chamado é capaz de fazer a experiência do Seminário, para depois da ordenação sacerdotal ser enviado em nome de Cristo, o Bom Pastor a uma comunidade.
Intensifiquemos a nossa oração pelos nossos seminaristas a frequentar o Seminário Interdiocesano de São José em Braga. Temos seis seminaristas, rezemos por eles para que cresçam na perseverança e fidelidade à vocação sacerdotal, rezemos pelas suas famílias, pelos seus formadores e professores, pelas suas paróquias. Partilhemos também nas Eucaristias do próximo Domingo o nosso pão, a nossa oferta para ajudarmos com generosidade na formação de novos padres.
Rezemos ao senhor da Messe para que ilumine muitos jovens para no Seminário em Família, ou no Pré-Seminário fazerem o seu caminho de aprofundamento e discernimento vocacional.
Que Nossa Senhora, Rainha do Clero, São José, São Teotónio e a Beata Rita Amada de Jesus nos estimulem e inspirem a promover uma verdadeira cultura vocacional na nossa Diocese.