Jesus é o Senhor e Rei do Universo. O Rei que reina, que cuida amando e servindo, dando a vida por todos através do mistério do sofrimento e da morte, alcançando-nos a plenitude pela sua gloriosa Ressurreição. O Reino de Cristo não é deste mundo, Ele veio instaurar o Reino no meio de nós, para todos termos a vida nova em plenitude e em abundância. O Reinado de Cristo contrasta com os reinos deste mundo, que assentam no poder, na riqueza, na ostentação, na força, na violência, na má administração da riqueza e recursos materiais.
Através do anúncio da ”Alegria do Evangelho” Jesus convida-nos a entrar no projeto do seu Reino de amor, de justiça, de paz, de fraternidade, de partilha, de acolhimento, de proximidade e compaixão. É um reino diferente que já está no meio de nós, que como a semente do Evangelho germina e cresce, crescendo noite e dia como o fermento que a mulher coloca na farinha. O Reino cresce com o anúncio da Palavra, a vivência da fé, a celebração dos sacramentos e a prática quotidiana da caridade. Todos somos no Reino chamados à santidade e ao apostolado, a “caminhar juntos” em “comunhão participação e missão”.
O convite a viver a sinodalidade é um estilo próprio de vida de quem entrou com verdade no dinamismo do Reino. Por isso a Igreja, através do testemunho de todos os batizados, deve levar-nos ao empenhamento pelo Reino de Deus, porque perante os problemas, dificuldades, sofrimentos e pandemias do mundo em que vivemos é necessário que Jesus Reine na nossa vida, na Igreja, no mundo e nas suas estruturas sociais.
Jesus não se cansou de pregar às multidões o anúncio e a chegado do Seu reino. Um reino universal, que não exclui ninguém e já está no meio de nós a agir misteriosamente e de modo eficaz na nossa vida, através da graça do Espírito Santo santificador.
As parábolas do Reino que Jesus nos deu a conhecer são dinamismo importante para entrarmos no seu projeto de vida e de amor, por isso para Jesus viver unido a Ele e a servir os irmãos é fazer a experiência do que significa reinar. É um reino de acolhimento e de serviço a Jesus na pessoa dos mais pobres, desfavorecidos, fragilizados e abandonados da sociedade.
A Solenidade de Cristo Rei, não pode deixar-nos a olhar somente para a Realeza de Cristo, o Homem, “vestido com longa túnica e cingido no peito com cinto de ouro”, com toda a santidade, esplendor e beleza como nos mostra o Livro do Apocalipse de São João. Deve levar-nos ao encontro da pessoa de Jesus Cristo, que encarnou no seio virginal de Maria para assumir a nossa humanidade e nos salvar com a sua divindade e realeza.
Ao celebrarmos o dia Diocesano da Juventude, quero pedir a Jesus, nosso Rei e Senhor, o modelo de todos os jovens, a força, o amor, a graça e a paz, para que nos ensine a fazer o verdadeiro caminho de Emaús com Ele rumo às Jornadas Mundiais da Juventude, de 1 a 6 de agosto de 2023, em Lisboa.
Que nenhum jovem fique de fora. Todos os jovens são chamados a acolher, a participar neste grande evento do reino. Que ninguém fique indiferente. Com esperança vamos todos como Igreja construir o Reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo na Casa Comum que todos habitamos.