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Observatório Pastoral

 

“Os filhos não são propriedade da família, espera-os o seu caminho pessoal de vida”. Não deve, portanto, a família aprisionar os filhos, mas sim mostrar-lhes os alicerces, ajudar a lançar a semente, para que depois se lancem no mundo e na vida ao serviço dos outros e da sua obra. Nem sempre esta ideia de “libertar” é fácil, querendo os pais moldar os filhos à sua imagem. Mas a beleza do Amor também é ajudar o outro a revelar-se, a descobrir-se, a realizar-se na sua própria dimensão, sem imposições ou penalizações. Nem sempre é fácil manter a união a misericórdia e o amor ao longo de todo este percurso, mas também nunca assim foi apresentada a família na Palavra de Deus. Também são reveladas crises, dificuldades e fragilidades nas famílias abordadas na Bíblia. Todavia, o que Deus aponta nessas circunstâncias são caminhos, reflexões, soluções no sentido de ajudar a ultrapassar as dificuldades e sarar as feridas. Para se conseguir ultrapassar estes desafios que afrontam todas as famílias sem exceção, há que unir primeiro, há que viver em comunhão, há que partilhar, há que viver a oração no seio familiar, seja através da palavra ou de pequenos gestos. Há que perdoar, cuidar e mimar.

A sociedade evoluiu e com ela os modelos e as formas de família. O Papa Francisco alerta para “O crescente perigo representado por um individualismo exagerado que desvirtua os laços familiares e acaba por considerar cada componente como uma ilha”. Ora essa forma de “ser família” é exatamente desvirtuá-la do seu verdadeiro sentido.

A excessiva idealização sobre tudo e a busca incessante do perfeccionismo, desvirtua o namoro, o matrimónio, a família e até o envelhecimento, levando a uma intolerância castradora de permanente frustração. Ser namorado/a, marido e mulher, filho, pai ou mãe, avó ou avô, é ter a oportunidade de percorrer um caminho que será tanto mais preenchido de Amor e Liberdade, quanto maior for o respeito, a união, a tolerância, a partilha, a atenção.

Em cada dia, ao acordar, nas tarefas quotidianas, nas conversas à mesa, nos pensamentos, na oração, nos momentos felizes e nos difíceis, há que lembrar:

“O Amor é paciente,

o Amor é prestável;

não é invejoso,

não é arrogante nem orgulhoso,

nada faz de inconveniente,

não procura o seu próprio interesse,

não se irrita,

nem guarda ressentimento,

não se alegra com a injustiça,

mas rejubila com a verdade.

Tudo desculpa,

tudo crê,

tudo espera,

tudo suporta.” (1Cor 13, 4-7).

Assim seja a família!

 

Vera Romão e Pedro Crespo
(Departamento do Laicado e Família da Diocese de Viseu)
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