Cristo está vivo.
Ressuscitou verdadeiramente! Aleluia! Aleluia!
No início da Quaresma convidei os cristãos ao um encontro pessoal com “Jesus, fonte da harmonia Pascal”.
Agora ao celebrar a Páscoa anuncio-vos que Ele está vivo e Ressuscitado para ser a nossa força, a nossa alegria, a nossa energia nova, a beleza ressuscitadora na nossa vida renovada. Ele é o Vivente, o Ressuscitado, o Homem Novo, o Cordeiro Pascal, que foi imolado e nos oferece a sua vida em abundância. Dá-nos a sua paz, a alegria de viver, a bênção para servir e sermos a nova humanidade nascida da Páscoa a caminho de Emaús para encontrar o Senhor Ressuscitado ao partir do pão.
Jesus Cristo Ressuscitado é grandeza da vida que venceu a morte é a paz, a esperança, a alegria interior para todos os batizados. Ele foi o único que ofereceu a toda a humanidade na manhã florida da Páscoa a possibilidade de sermos verdadeiros discípulos missionários do Ressuscitado.
O anúncio do sepulcro vazio pelo Anjo, deixou as mulheres mergulhadas em lágrimas e preocupadas, porque não sabiam quem levou o Corpo do Senhor. Chegam os discípulos apressados, recebem a notícia das mulheres, mas não acreditam naquilo que ouvem. Onde está o Senhor? Quem rolou a pedra do sepulcro? Do sepulcro vazio passaram à certeza da Ressurreição. Alguém anuncia, não está lá ninguém. “Ele não está aqui: Ressuscitou.” (Lc 24,6).
Cristo Ressuscitou verdadeiramente! Aleluia! “Ele vos procederá na Galileia, lá o vereis”. A Ressurreição de Jesus deve ser para os cristãos a experiência mais profunda da vivência da fé. Eu sei em quem acreditei…
Envolvidos neste mistério de luz, de vida e de amor celebramos na Vigília Pascal a vida que renasce, a semente nova que germinou na terra. Com a Páscoa a Igreja inicia o tempo novo do anúncio Pascal e da missão de levar a boa nova de Jesus até aos confins da terra.
Anunciamos, Senhor, a vossa Morte, Proclamamos a vossa Ressurreição!
Guardemos no nosso coração toda a mensagem de Jesus ao celebrarmos o Tríduo Pascal. Jesus Cristo, o nosso Salvador e Redentor, tornou-se presente na Santíssima Eucaristia, no pão e no vinho, dom entregue por amor aos seus discípulos e a toda a humanidade. Agora vivemos e anunciamos o memorial da Sua presença real no Banquete Eucarístico, testemunhando na fé o Seu amor, até que Ele venha.
O Pastor veio para congregar as ovelhas do rebanho, que andavam dispersas, instituiu o sacerdócio da Nova Aliança, que se realiza no serviço e no testemunho ministerial do Mandamento novo do amor, no serviço pelo seu povo. É por isso, que a Igreja faz memória agradecida da Páscoa do Senhor e oferece ao Cordeiro Pascal uma oblação santa e imaculada, agradável a Deus na celebração litúrgica de Quinta-Feira Santa. A Paixão do Servo Sofredor recorda-nos o sofrimento de Cristo e de toda a humanidade mergulhada em densas trevas de violência, de erro e de morte. Por nós, entregou-se na Cruz ao Pai para fazer a sua santíssima vontade e oferecer a sua vida pelas nossas dores, pelos nossos sofrimentos, pelos nossos pecados. Fez-se obediente à vontade do Pai e morreu na Cruz em Sexta-Feira Santa, para salvar a humanidade. A Vigília Pascal convida-nos a celebrar o lume novo, a vida nova em Cristo, a vitória do Ressuscitado sobre o pecado e a morte. Só a luz de Cristo ilumina a terra inteira. Aleluia! Cristo Ressuscitou como o primeiro fruto da seara e n’Ele encontramos o Novo Adão, sinal do homem novo, que na manhã do Domingo de Páscoa apareceu vivo às mulheres deixando o sepulcro vazio.
Três discípulos correm ao sepulcro: Maria Madalena, Pedro e o “outro discípulo, aquele que Jesus amava”. Há toda uma mobilidade de personagens que caminha para o sepulcro para descobrir a nova realidade acontecida: “O Senhor foi levado do túmulo”. Não está aqui disse o Anjo, ressuscitou. O discípulo “viu e começou a acreditar”. A palavra Páscoa significa passagem, da morte para a vida, porque o Vivente Ressuscitou e está vivo e atuante na sua Igreja.
Celebremos todos com alegria e de coração renovado a Liturgia solene do Domingo de Páscoa, reunidos como povo de Deus partilhemos com os irmãos as Boas Festas, quer no anúncio da Visita Pascal e através de outros gestos. Anunciemos ao mundo com grande alegria a vida nova de Cristo Ressuscitado. Cantemos Aleluia! Aleluia! O Senhor Ressuscitou verdadeiramente! Aleluia! Aleluia!
A manhã radiosa de Páscoa amanheceu florida com rosas brancas de esperança, de convívio, de partilha, de alegria, de festa jubilosa, de paz que anuncia ao mundo a presença de Cristo Ressuscitado no meio do seu povo.
Celebremos a Páscoa da esperança com o folar do pão que se partilha com toda a humanidade, para que acabe a fome, a miséria, a pandemia e todos males que afligem o nosso mundo particularmente a guerra na Ucrânia e na Rússia e em tantos lugares do mundo. Condenemos a guerra injusta e fratricida, calem-se as armas e os mísseis, os tanques transformem-se em veículos de paz onde seja distribuído amor, conforto, agasalho, pão e esperança àqueles que a perderam e caíram no desânimo. Renovemos as nossas vidas em Jesus Cristo Ressuscitado, na certeza de que n ́Ele e na sua Igreja podemos encontrar a vida nova que esperamos.
Os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude, a Cruz e o ícone de Maria “Salus Populi Romani” continuam em peregrinação na nossa Diocese. Vivemos um tempo de Kairós, momento privilegiado de graça, uma oportunidade para meditarmos mais e melhor no Mistério Pascal. Na celebração do Tríduo Pascal até Domingo da Ressurreição os símbolos serão venerados na Igreja Mãe da Diocese.
Votos de Santas Festas de Páscoa para todos os cristãos e pessoas de boa vontade da Diocese de Viseu. Uma palavra de conforto para todos os doentes e seus cuidadores, principalmente as vítimas do Covid-19 e de outras doenças que afligem a humanidade. Jesus oferece através dos cristãos um gesto de Páscoa para as crianças, os jovens, as famílias, os idosos, os refugiados, os migrantes, os presos, os sem abrigo e todos os que sejam marginalizados ou descriminados na nossa sociedade.
Cristo ressuscitou verdadeiramente e ofereceu a todos nós o dom da paz.
Eu estou sempre convosco até aos fins dos tempos. Alegremo-nos com a Virgem Santa Maria e levemos ao mundo de hoje a boa nova da Páscoa.
Cristo ressuscitou e convida-nos a aspirar às coisas do alto e anunciar ao mundo de hoje a alegria da vida nova da Páscoa.