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Observatório Pastoral

 

“A maior evangelização que podemos oferecer é uma Igreja alegre”

A alegria é um dom, e experimento-a com frequência. Descobri que, se estiver ativa e intencionalmente envolvido nas sete práticas que se seguem, sou mais capaz de sustentar essa alegria.

 

Rezar. Na sua primeira Carta Apostólica, “A Alegria do Evangelho”, escreve o Papa Francisco, “Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo”. Este convite é tão básico e tão óbvio que pode ser facilmente ignorado ou esquecido. Esse encontro pessoal diário renovado com Jesus Cristo é essencial para um sacerdócio alegre.

 

Manter amizades fortes. Aristóteles escreve que todos querem amigos. Jesus Cristo, que é como nós em todas as coisas menos no pecado, tinha amigos. Como Jesus, um sacerdote alegre terá boas amizades, tanto com irmãos sacerdotes como com leigos e leigas. Os padres precisam de amigos com quem possam partilhar as suas vidas, pessoas em quem possam confiar e que possam confiar neles.

 

Abraçar a sua humanidade. É importante lembrar que antes de um homem ser padre, ele é um ser humano. Os sacerdotes mais alegres abraçam a sua humanidade; eles não fogem disso. Os padres mais alegres parecem ser os que falam com a mesma voz, quer estejam com o cabeção, no ginásio ou de férias. Não lideram com o seu ofício, mas com a sua humanidade e, por sua vez, levam os outros a considerar a alegria da Encarnação e a beleza e o mistério do sacerdócio.

 

Fazer amizade com pessoas que o deixam desconfortável. Muitas vezes caímos na armadilha de nos cercarmos principalmente de pessoas que acreditam no que acreditamos e pensam o que pensamos. Mas os Evangelhos testemunham que, embora Jesus tivesse um bom círculo de amigos em quem se confortava, também se consolava em estar com aqueles à margem da sociedade.

 

Respeitar a dignidade de todas as pessoas (mesmo daquelas que o incomodam).  Se o coração está cheio de ódio, não há espaço para a alegria. A maioria de nós tem pessoas nas nossas vidas que nos afetam. Isso é normal. Amar as pessoas de quem nem sempre gostamos é uma forma de lembrar que todos contam, todos importam — mesmo e especialmente aqueles que são difíceis de amar.

 

Assumir riscos.  Há muita pressão para que tudo seja perfeito no ministério, mas a Paixão de Jesus fazia parte do Seu ministério, e as suas três quedas são um lembrete de que cairemos também. Nem tudo que eu tento como padre vai funcionar, mesmo com o melhor planeamento. Mas o Senhor recompensa aqueles que se arriscam pelo seu reino. A recompensa é um coração alegre.

 

Deixar Jesus fazer a salvação. Talvez a maior ameaça à alegria de um padre seja a tentação de se ver como o Salvador. O padre deve consertar tudo, melhorar tudo, curar todas as feridas e curar todos os doentes, para não falar de equilibrar o orçamento, consertar o telhado e pregar boas homilias. Sacerdotes alegres tiram o seu dia de folga, tiram férias, fazem o seu retiro anual e reservam tempo para a leitura e exercício físico. Ao fazê-lo, modelam para o seu povo o lugar adequado para a oração e lazer na vida humana e lutam contra a tentação do vício no trabalho, que afeta muitos. Um sacerdote alegre lembra que Jesus é Senhor e Salvador.

 

Adaptado do artigo do Pe. Damian J. Ference
Publicado em America a 13/5/2022
CategoryDiocese, Pastoral

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