Ao celebrar o Dia dos Consagrados
“Peço a Deus a alegria de vivermos o dom da consagração como sinal de esperança, tornando-nos ‘peregrinos da esperança’ rumo ao Jubileu de 2025”, afirmou D. António Luciano na homilia da celebração a que presidiu a 2 de fevereiro na Catedral de Viseu, celebrando a Festa da Apresentação do Senhor, em que a Igreja celebra o Dia da Vida Consagrada.
“Rezamos juntos pedindo a Deus o aumento das vocações de consagração na Igreja. Este momento é o ponto alto deste dia do consagra- do com a celebração da Eucaristia, onde somos chamados a fazer o verdadeiro encontro com Cristo, a comungar o seu Corpo, para depois levarmos a sua luz aos nossos irmãos que vivem mergulhados nas trevas do erro e da maldade”, prosseguiu nessa mesma homilia onde recordou outros momentos desta comemoração, como a “Vigília de Oração pelas intenções da Vida Consagrada, como aconteceu connosco ontem à noite no Seminário dos Combonianos, onde rezamos juntos, discernimos, tomamos decisões para o futuro e fizemos o compromisso de fidelidade para viver de modo felizes a nossa vocação de consagração”.
D. António Luciano recordou que atualmente “estão presentes na Diocese de Viseu cinco comunidades masculinas, sete femininas, três institutos seculares e a ordem das virgens, consagrados e consagradas, que nesta Diocese vivem e trabalham com fé, alegria e entusiasmo”.
Para o Bispo de Viseu “a crise de vocações na Igreja tem muito a ver com os problemas da sociedade atual que afetam a família, a diminuição da natalidade, o enfraquecimento e abandono da fé, a descristianização das paróquias e comunidades, o abandono da vida eclesial e da prática religiosa por parte de muitos jovens e adultos, que depois de frequentar a catequese, de celebrar o sacramento do crisma perderam o compromisso cristão e a ligação com a sua comunidade eclesial”.
“Quanto entusiasmo no início das nossas histórias vocacionais, quanto encanto ao descobrir que o Senhor também me chama a realizar este sonho de bem para a humanidade! Reavivemos e cuidemos de nossa pertença porque, o sabemos muito bem, como o tempo corre o risco de perder força, sobretudo, quando substituímos a atratividade do nós pela força do eu” (Carta aos Consagrados do Cardeal João Braz de Aviz), lembrou D. António da Carta dirigida aos consagrados do mundo inteiro.
Recordou também alguns movimentos eclesiais que nesse dia celebravam, também o seu dia de fundação, presentes na mesma celebração: o Movimento de Educadores Católicos e o Movimento Esperança e Vida.
A todos, recordando as próximas Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa, pediu: “convido-vos a trabalhar com os jovens em caminhada JMJ, com as famílias de acolhimento, os animadores e voluntários, tornando-vos dinamizadores das Jornadas Mundiais da Juventude na Diocese e em Lisboa de 1 a 6 de agosto de 2023”.
“Confiemos a nossa vida à proteção de Jesus, Maria e José e dos nossos Santos Fundadores e deixemo-nos animar pelo exemplo e testemunho dos santos profetas Simeão e Ana para realizarmos com alegria a missão de convidar muitos cristãos a ‘alargar a tenda’ em dinamismo missionário e caminho sinodal”, concluiu o Bispo de Viseu.