Daqui a cinquenta dias iniciamos a celebração das Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa de 1 a 6 de agosto, acolhendo com o coração em festa os jovens, do mundo inteiro. Vêm participar na cidade onde nasceu Santo António no encontro mundial da juventude.
Esta festa eclesial é muito significativa pelo envolvimento de todos os jovens cristãos e comunidades na sua realização.
A semana que antecede as JMJ, é vivida com dias festivos nas dioceses com o envolvimento dos jovens, das paróquias e das famílias de acolhimento, agora chamadas a uma missão de abrir o coração com disponibilidade, as suas casas como espaços de hospitalidade para acolher e servir os jovens, que vão chegar das mais diversas partes do mundo.
O tema da Jornada Mundial da Juventude convida os cristãos a ser como Igreja em caminhada sinodal: “Maria levantou-se apressadamente e partiu” (Lc 1, 39), ao encontro da sua prima Isabel, para a servir em sua casa e a ajudar nas suas necessidades.
Este tema da JMJ, torna-se para as famílias de acolhimento uma inspiração espiritual e um convite de fraterna caridade para receber em sua casa e na sua família os jovens peregrinos.
É uma graça de Deus e uma oportunidade evangélica para as famílias, abrir as portas da sua casa e acolher como verdadeira “Igreja doméstica”, os jovens que vão chegar. Vivei esta experiência de acolhimento, de partilha, de amor e de fé com os jovens, porque estes trazem um coração cheio de dons para oferecer e partilhar através das suas experiências de fé, de valores humanos e de vivências cristãs.
Como batizados, faz-nos bem refletir sobre o texto da “Visitação de Maria” a sua prima Isabel e a sua dimensão de serviço eclesial ao próximo, numa missão alegre e feliz, de ser como a Igreja, uma “família de acolhimento”.
Assim como Maria foi ao encontro da sua prima Isabel, para a servir num momento importante da sua vida familiar, também as famílias de acolhimento na Diocese de Viseu nos dias que antecedem as JMJ, são importantes e indispensáveis na realização desta missão humana, eclesial, cultural e social.
Abrir a casa para acolher os jovens vindos das mais diversas Igrejas particulares para fazer parte da vossa família é uma experiência única e meritória diante de Deus e da Igreja.
Uma verdadeira “Igreja Doméstica” é uma família de acolhimento, uma comunidade de fé, de encontro, de diálogo, de vivências, de celebrações e de partilha com os jovens que nos visitam.
Confio este trabalho pastoral à proteção de Nossa Senhora, de Santo António, da Beata Rita Amada de Jesus e do Beato Carlo Acutis.
Caras famílias cristãs ao celebrarmos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, peço-vos que rezeis pelos nossos sacerdotes, pela sua santificação e pelos bons frutos do seu trabalho pastoral junto dos jovens, de modo especial aqueles, que são peregrinos das JMJ.
Rezemos pelas melhoras do Papa Francisco e pelos bons frutos do vosso trabalho familiar e pastoral, como “famílias de acolhimento”. Espero que o vosso serviço e caridade produza muitos frutos em favor das famílias, da perseverança dos jovens, da santificação dos sacerdotes e do aumento das vocações sacerdotais na Igreja.
Entrego as vossas vidas e missão peculiar ao coração do nosso bom Deus, pedindo ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, que celebramos nesta semana, as maiores bênçãos para as vossas famílias, os nossos jovens, os membros do COD e dos COPs, os vossos párocos e todos aqueles, que na Diocese de Viseu estão empenhados em caminhar, viver e participar nas JMJ.