Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Esta é a casa do Senhor, solidamente construída sobre a rocha firme, Jesus Cristo a Pedra angular.

O Senhor reuniu-nos como o seu povo, para neste lugar santo, a Casa do Senhor celebrarmos com alegria a festa da Dedicação da Catedral da Diocese de Viseu. A Igreja Mãe, de todas as igrejas, lugar onde com alegria saboreamos com fé as palavras do apóstolo: “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é santo, e vós sois esse templo” (1 Cor 3, 16-17).

A celebração da Dedicação da Catedral é sempre um motivo de festa e de ação de graças ao Senhor, por isso entrámos pelas suas portas cantando e dando graças.

O lugar onde nos reunimos é sagrado, foi dedicado ao Senhor, benzido em dia festivo e dedicado ao Senhor. O altar foi consagrado ao Senhor e ungido com o óleo do santo crisma. Agora o povo de Deus reúne-se à volta dele como sinal de comunhão e unidade de todos os cristãos, para nele prestarmos o culto devido a Deus em ação de graças.

Somos a Igreja de Cristo, o Povo de Deus em construção e renovação. A imagem das obras na nossa Igreja Mãe, lembra-nos a nossa vocação de cristãos como pedras vivas empenhadas na construção e renovação da Igreja.

A fé cristã convida-nos em cada domingo a rezar solenemente: Creio em Deus, Pai todo poderoso… Creio em Jesus Cristo…Creio no Espírito Santo Senhor que dá a vida. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Creio na vida do mundo que há de vir: “Eu vi a nova Jerusalém, resplandecente de luz eterna, descer do céu, de junto de Deus, para habitar no meio dos homens”.

Aproximemo-nos desta Igreja mistério de comunhão e unidade, sinal sacramental e universal de salvação presente em todos os lugares da terra.

Sejamos todos pedras vivas na construção deste edifício espiritual e entremos na sua construção através da sua missão de ensinar, santificar e governar.

Ao olhar da Igreja Mãe da Diocese para todas as paróquias, comunidades e serviços que tornam viva a nossa Igreja Diocesana, a primeira atitude é dar graças a Deus e pedir-lhe que a sua casa seja cada vez mais “uma casa de oração” onde se escuta a Palavra de Deus e se celebram os sacramentos de modo particular a Eucaristia fonte espiritual da construção da Igreja. A Igreja povo de Deus em caminho sinodal na comunhão e participação.

Celebramos o 5º aniversário da minha entrada solene como Bispo na Diocese. Foram cinco anos de graça, marcados pela esperança e novidade, cheia de desafios, que nos vêm dos sacerdotes, consagrados, dos leigos e das paróquias.

Celebramos o Dia Mundial dos avós e dos idosos que o Papa Francisco nos apresenta com alegria e esperança na proximidade e cuidado dos idosos que mais precisam.

No Evangelho: as parábolas do Reio, a da semente lançada à terra. Nasceu trigo e joio. “Deixai crescer um e outro até à colheita” (Mt 13,29). O mistério escondido numa semente e as suas potencialidades. A paciência, a pressa, saber esperar.

A esperança de Deus e a paciência. Ser paciente…

As três parábolas têm uma mensagem comum. Nas três o reino de Deus compara-se com algo pequeno e, ao mesmo tempo, carregado de vida, que cresce e se manifesta pouco a pouco a partir de dentro, sem ruídos nem aparências. O Reino chega pela força de Deus e vai crescendo silenciosamente.

Os verbos semear, aguardar, confiar, esperar, respeitar e cuidar têm aqui muita força.

Antes da colheita é preciso, sobretudo, escutar o nosso terreno interior com mais profundidade. Ali, há um rico “celeiro” e reservas dos melhores recursos que devem ser mobilizados para o nosso crescimento e maturidade.

A espiritualidade inaciana revela-nos que a paciência é uma ferramenta imprescindível no processo de decisão, uma luz que indica o próximo passo ao longo do caminho de construção de nós mesmos e da Igreja. O hábito permanente do discernimento pode tornar revolucionários os pequenos gestos de cada dia. Pois a paciência implica aprender a parar nas encruzilhadas dos caminhos para eleger o melhor.

A paciência faz a vida: ela mobiliza os nossos recursos mais nobres, desperta a criatividade espiritual e pastoral e impulsiona-nos a investir as nossas melhores energias naquilo que é essencial e que dá sentido ao nosso caminhar como Igreja.

Rezai por mim para que seja fiel. Também rezo por vós. Peço por intercessão de Nossa Senhora do Altar Mor, São Teotónio e da Beata Rita a renovação espiritual e pastoral da nossa Diocese.

 

† António Luciano, Bispo de Viseu
CategoryBispo, Diocese

© 2016 Diocese de Viseu. Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento: scpdpi.com

Siga-nos: