Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Um milhão e meio de jovens presentes em Lisboa nas celebrações da JMJ com o Papa Francisco fizeram festa e vibraram de alegria. Adultos, voluntários, autoridades, forças de segurança, equipas da comunicação social, Cardeais, Bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados (as), seminaristas, músicos, artistas, leigos e tanta gente simples que reconheceu que as celebrações da JMJ foram dias inesquecíveis vividos em diversos lugares de Lisboa e em Fátima.

O encontro JMJ de Lisboa, vestiu de luz e de cor a festa, inspirando-a de uma mensagem de esperança.  O futuro da Igreja e da sociedade está no protagonismo e testemunho dos jovens de todo o mundo.

Milhares de jovens chegaram dos vários pontos do país e de todos os lugares do mundo, exceto das Maldivas que não estiveram representadas. Foi extraordinário o papel dos voluntários e das mais diversas equipas de serviço. Nunca Lisboa viveu um evento assim.

Na segunda-feira começaram a chegar por via terrestre, aérea e marítima a multidão de peregrinos jovens e adultos que passavam de mais de 800.000.  Na terça-feira à tarde a Eucaristia de abertura presidida pelo Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, deu as boas vindas aos peregrinos. O Papa Francisco chegou pelas 10 horas de quarta-feira a Lisboa e iniciou o seu longo Programa no Centro Cultural de Belém no encontro com as autoridades. Presidiu à Oração Solene de Vésperas no Mosteiro dos Jerónimos com a presença dos Bispos, do clero, dos consagrados (as), seminaristas e agentes de pastoral, COL e COD de todas as Dioceses de Portugal.

Na quinta-feira de manhã encontrou-se com os universitários nos jardins da UCP num momento alto com o mundo da cultura, da ciência e da técnica, onde convidou os jovens a “preparar bem o futuro”.  Na tarde de quinta-feira deu-se o primeiro grande encontro do Papa com os jovens no Parque Eduardo VII, onde num misto de festa, de cor e de mensagem nos fez o convite a fazer parte da Igreja: “Todos, todos, todos”.

A Igreja é para todos. O desfile das bandeiras de cada país tornaram o Vale do Parque Eduardo VII já ornamentado pelos tapetes de flores um mar de festa e de cor universal. Valeu a pena viver este momento inesquecível e marcante. A Via Sacra na tarde de sexta-feira recordou-nos que Cristo continua vivo no Corpo da Sua Igreja e a sofrer no mundo, em cada ser humano, nas mais diversas circunstâncias e latitudes. Pediu-nos um momento de silêncio.

A Via Sacra com a beleza da arte moderna e da música, falou-nos de Jesus e de Maria, da pessoa humana, do sofrimento, da solidão, do abandono, da fome, da perseguição, da violência, da guerra, da exploração e das inquietações mais palpáveis do sofrimento humano na Igreja e mundo de hoje. “E Jesus caminha para a cruz, morre na cruz, para que a nossa alma volte a sorrir”. Ofereceu a toda a humanidade uma mensagem de alegria e de esperança a partir das raízes da fé cristã, que dá sentido à missão. “O encontro com Jesus é o caminho da santidade”.

O Papa chamou-nos a “todos, todos, todos” a participar na vida da Igreja e a construir um mundo novo de paz, de fraternidade e de solidariedade.

Em Lisboa encontraram-se jovens, combinaram-se cores, levantaram-se bandeiras, partilharam-se experiências, celebrou-se a fé, reconciliaram-se os pecadores, rezamos juntos, entoaram-se cânticos, ouviram-se aplausos, fez-se festa e proclamou-se a mensagem do Evangelho da Alegria e ouviu–se cantar o Fado.

As Catequeses decorreram com normalidade, com testemunhos, ensinamentos, confissões, eucaristias, adorações tendo como tema: o lema das JMJ, a ecologia integral e a misericórdia de Deus. A visita ao Parque da Alegria, à feira das Vocações e ao espaço da Reconciliação deixou uma marca profunda na vida dos peregrinos.

No sábado a oração do terço na Capelinha das aparições em Fátima com os jovens deficientes foi marcante. De joelhos diante da imagem de Nossa Senhora, a oração em silêncio do Papa foi impressionante. Repetiu de novo, a Igreja é uma casa para todos. Maria deu sempre o primeiro lugar aos outros. “A Igreja devia ser sem portas e acolhedora, referindo-se à Capela das Aparições”.

A Vigília de sábado à noite com arte e beleza no Parque Tejo e da Graça foi uma bênção. Os testemunhos interpelantes e atuais dos jovens para a Igreja e para o mundo. A adoração ao Santíssimo Sacramento presente na Eucaristia foi um momento marcante e inesquecível pela oração e silêncio profundo, que se prolongou por mais de dez minutos e manifestou a fé de um milhão e meio de jovens. Uma noite de oração inesquecível. Jesus está vivo! Aleluia! A Eucaristia de domingo, festa da Transfiguração do Senhor, no encerramento da JMJ marcado pela fé, pela alegria e pela oração foi um testemunho para o mundo.

Na homilia, o Papa Francisco comentando o Evangelho falou de três expressões: Resplandecer, ouvir e não ter medo. É preciso escutar o Pai, Jesus e os outros e não ter medo quando regressarmos a casa ao vale da vida quotidiana. O Papa encoraja os jovens a não ter medo e a testemunhar que Cristo está vivo.

Uma Igreja de todos e para todos. Uma enorme multidão cheia de alegria, de festa, de cor e de música aclamou o Papa Francisco. A Próxima JMJ será em Seul, na Coreia do Sul, partindo da parte mais ocidental da Europa para oriente, para mostrar a todos a “universalidade da Igreja”. O Papa Francisco chamou a Lisboa “a casa da fraternidade e a cidade dos sonhos”.

Que sejamos todos na Igreja Surfistas do amor.

Confiemos a Nossa Senhora de Fátima que escutou as preces de um milhão e meio de jovens peregrinos, a abundância da semente da esperança do bem, que o Papa Francisco semeou no coração dos jovens.

 

† António Luciano, Bispo de Viseu
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