Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A Diocese de Viseu celebra, nos dias 17 e 18 de fevereiro, o seu padroeiro São Teotónio, também padroeiro da cidade de Viseu, com um programa que oferece à comunidade propostas culturais e religiosas.

No dia 17, pelas 15h00, o auditório do Complexo Paroquial de Coração de Jesus recebe a apresentação do livro ‘Viseu a Minha Cidade’, que contém textos sobre a cidade, pelo olhar e pela escrita do cronista Reinaldo Cardoso. A apresentação está a cargo do presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas.

Também no mesmo dia, pelas 21h00, a Igreja do Seminário Maior de Viseu recebe o ‘Concerto de São Teotónio’, protagonizado pelo Coro Diocesano de São Teotónio e pela Banda Filarmónica de Ribafeita, que vão ter momentos de atuação conjunta.

Já no dia 18 (Dia de São Teotónio), às 16h30, as comemorações começam com a ‘Visita ao Santo’, que percorre a iconografia de São Teotónio, na Sé de Viseu. Segue-se a inauguração da exposição de arte efémera “Via Crucis”, com a recriação das estações da Via-Sacra, em serrim, executadas por um grupo de pessoas da Paróquia de Campo de Madalena.

Fátima Eusébio, coordenadora dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, explica que a visita vai permitir aos visitantes percorrer os vários elementos da Sé onde está presente a iconografia de São Teotónio. “Vamos começar pela fachada do século XVII, onde está a imagem, contextualizando-a; depois passamos para o claustro inferior, onde temos dois painéis de azulejos  com a iconografia do santo e dois episódios alusivos à vida dele; entramos na catedral e dirigimo-nos à Capela Mor onde está a imagem de São Teotónio; e subimos ao Museu, onde temos um painel de azulejos e um lintel da porta da antiga sala do cabido, que contém uma inscrição sobre o facto de o santo ter residido naquele local enquanto esteve em Viseu. Estará também exposta a relíquia do braço de São Teotónio”, referencia.

Sobre a exposição de arte efémera, Fátima Eusébio diz que “simboliza as 14 estações da Via-Sacra, executadas em serrim colorido, e que serão colocadas no pavimento do claustro superior da Sé de Viseu, deixando um espaço de circulação que vai permitir às pessoas percorrerem as várias estações”.

De acordo com a responsável, este projeto surge de um desafio lançado ao grupo da Paróquia de Campo de Madalena, que já colaborou na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). “Considero que esta vertente de execução destes tapetes de serrim e dos quadros advém da transição da execução das passadeiras em flores das várias festividades. É uma tradição muito bonita e interessante, muito expressiva daquilo que é a fé das nossas comunidades, com uma união de esforços de várias pessoas e que queremos incentivar e dar visibilidade”, realça, relembrando que já na JMJ a Diocese de Viseu participou com a elaboração de um tapete de corcódea.

Ao ser usado o serrim, os painéis vão ser mantidos durante toda a Quaresma, podendo durante este período serem visitados no Museu Tesouro da Catedral.

As comemorações terminam às 18h30, com a celebração da eucaristia solene em honra de São Teotónio, na Catedral de Santa Maria (Sé de Viseu), presidida pelo Bispo da Diocese.

De acordo com o Cónego José Henrique Santos, arcipreste do Arciprestado de Viseu Urbano, que está a organizar as comemorações deste ano, o programa foi elaborado numa perspetiva “de oferecer à comunidade um programa diferente, com uma vertente mais cultural, mas que, em simultâneo, realce a importância do padroeiro da Diocese e da Cidade de Viseu”, explica.

Também Fátima Eusébio reforça que, “cada vez mais, temos de ter consciência que o património artístico é algo que nos coloca em presença perante a sociedade, sejam crentes ou não crentes”. A coordenadora defende que uma forma de potenciar esta presença passa por “dar a conhecer e abrir a leitura deste património, ou seja, olhar e perceber a sua mensagem”.

“O património é um recurso de anúncio extraordinário e não tem sido valorizado nessa vertente. Por isso, queremos, cada vez mais, que ele seja assumido pela própria Igreja como um recurso de evangelização, como uma estratégia pastoral para os crentes. Por outro lado, também temos de o aprender a comunicar para os não crentes. Todo o património tem o interesse do ponto de vista artístico e histórico, que é cultural, mas, por outro lado, é um recurso daquilo que é o propósito da Igreja para a humanidade”, realça.

Os responsáveis pela organização apelam à comunidade para que participe nos vários momentos da programação.

 

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