Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

No passado fim de semana, dias 20 e 21 de abril, os jovens estagiários, Alexandre Ribeiro e Eduardo Abrantes, receberam o ministério de Acólito, nas paróquias de Rio de Loba (Viseu) e Junqueira (Vale de Cambra), respetivamente, o que representa mais um passo no percurso para se tornarem futuros sacerdotes da Diocese de Viseu.

Este ministério, conferido pelo Bispo da Diocese, D. António Luciano, foi recebido com grande emoção pelos jovens, que dizem estar “a fazer o seu percurso” para virem a ser “padres próximos das pessoas, com abertura, presença e escuta para levar Jesus a todos”. Querem, ainda, ser “empenhados junto das suas comunidades, dinamizadores e transmissores da palavra de Deus, contribuindo para uma Igreja viva e aberta a todos”.

Durante as celebrações, D. António Luciano, dirigindo-se a cada um, disse-lhes: “a ti se confia hoje o ministério de ajudar os presbíteros e os diáconos no desempenho das suas funções e de distribuir aos fiéis, incluindo os doentes, como ministro extraordinário, a sagrada comunhão”.

O Bispo pediu-lhes, também, para se esforçarem “por aprender o sentido íntegro e espiritual” daquilo que realizam e oferecem todos os dias “a Deus como vítima espiritual que é agradada por Jesus Cristo”.

O Prelado agradeceu aos pais e restante família, às paróquias onde realizam o seu estágio, com os seus orientadores, ao reitor e equipa do Seminário, aos seus párocos e comunidades de onde são naturais. Pediu, ainda, a todos para rezarem por eles, pelos sacerdotes, diáconos, consagrados, seminaristas e pelo aumento das vocações de consagração na Igreja.

Jovens sempre participaram nas atividades da Igreja “com gosto”

Alexandre Ribeiro, de 28 anos, natural da Paróquia de Destriz, concelho de Oliveira de Frades, está a fazer o estágio pastoral na Paróquia de Rio de Loba, Viseu. O seu caminho começou na comunidade e, desde pequeno, que se recorda de ter o gosto de ir à missa e à catequese. Mas, foi através do Grupo São Paulo que se aproximou do caminho de seminarista, com os encontros e as viagens a Taizé. Em setembro de 2017 entrou no Seminário Interdiocesano em Braga, onde teve a certeza que este é o percurso que quer seguir. Agora, junto dos paroquianos, diz estar a ter “uma experiência interessante, em contacto com as comunidades”.

A mesma paixão, pelas atividades ligadas à Igreja, é partilhada por Eduardo Abrantes, de 25 anos, natural da Paróquia de Cunha Baixa, concelho de Mangualde. Sempre foi à missa “com gosto”, um sentimento comum a todas as atividades em que participou. Contudo, diz que o “despertar para a vocação sacerdotal” aconteceu quando houve uma mudança de pároco. “Tínhamos um padre bastante idoso e depois chegou outro, acabado de ordenar, e toda a paróquia floresceu”, conta. Nessa altura, em 2009, acrescenta que começou a integrar os encontros do Pré-Seminário e, em 2014, quando fez o crisma entrou para o Seminário, onde realizou os estudos em Teologia, estando agora em estágio em nove paróquias, nos concelhos de Vale de Cambra e de São Pedro do Sul, desde o dia 19 de setembro do ano passado. “Está a ser uma experiência muito boa. Ajudo na celebração da eucaristia, acolitando já na missa, vou acompanhando as catequistas e estou responsável pelo grupo de jovens na Paróquia de Junqueira”, refere, realçando o bom acolhimento que teve tanto dos paroquianos, como dos sacerdotes que o acompanham.

Os dois futuros padres aconselham os jovens “a não terem medo de seguir o seu próprio caminho e vocação e que arrisquem”. “O facto de se entrar no seminário não são portas que se fecham, mas é a certeza de que é ou não o caminho a seguir. É um processo de discernimento para a vocação em geral”, referem.

Quanto aos atuais desafios que a Igreja hoje enfrenta, os jovens destacam a necessidade de as pessoas trabalharem sinodalmente. Também o trazer mais jovens à Igreja e envolver as famílias é outro dos desafios que se coloca, nos dias de hoje, tendo em conta a agitação social que existe e que consideram ser “um obstáculo para criar vinculação com a própria comunidade”.

Os dois jovens, que concluíram o Mestrado Integrado de Teologia, na Faculdade de Teologia, em Braga, viveram em comunidade no Seminário Interdiocesano de S. José. Ambos têm ainda pela frente o percurso para a ordenação diaconal e, posteriormente, sacerdotal.

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