Durante a manhã de hoje, dia 5 de outubro, foi apresentado o Plano Pastoral da Diocese de Viseu para o ano 2024/2025, com o tema ‘Todos Raízes da Alegria’, que tem como lema ‘És ChAmado por Jesus, Experimenta’. Este documento, criado numa linha de trabalho pensada para três anos, incide sobre o ícone bíblico “Formamos todos um só Corpo”, “Vem e Vê”.
A apresentação, que esteve a cargo do Vigário da Pastoral, Padre João Zuzarte, decorreu na Igreja Matriz de Ribafeita, integrada na peregrinação à Casa Memorial Rita Amada de Jesus, que juntou cerca de 200 pessoas, marcando o início do ano pastoral na Diocese.
De acordo com o responsável, “a família, a paróquia e a formação” são as três grandes propostas presentes neste Plano Pastoral. “As propostas apresentadas são uma recuperação de parte das que foram feitas no sínodo de há 10 anos, sendo que algumas foram implementadas, outras mantêm-se ativas, mas a maior parte delas deixaram de ser vividas. Por isso, fizemos essa recuperação”, contextualizou.
Como refere o documento, em relação à família “é imprescindível e urgente colocar a pastoral familiar no coração da paróquia e da Diocese e caminhar com a família pelas estradas da vida quotidiana”. Já na paróquia sinodal o objetivo passa por “dar passos eficazes e felizes nas comunidades para atingir um novo nível de vida cristã e, consequentemente, desenvolver um maior sentido de pertença à Igreja de Jesus Cristo enquanto Povo de Deus peregrino de esperança”. No que respeita à formação, “é um dos pilares fundamentais para mudar mentalidades e criar uma cultura diocesana e paroquial”, defendendo “que em todo o percurso formativo proposto deve procurar-se coligar as diversas dimensões da formação: humana, espiritual, intelectual e pastoral e formar e sensibilizar para a arte do trabalho em equipa”.
De acordo com o Vigário da Pastoral, “é um Plano que procura corresponsabilizar todos os que trabalham na Diocese, mas também envolver toda a comunidade, sem esquecer os mais novos”, assente nos eixos: Sinodalidade; a celebração do 10.º aniversário do Sínodo Diocesano e o Jubileu Ordinário da Esperança.
Contempla ainda como objetivos específicos: ganhar e atrair as pessoas para Jesus Cristo; transformar a cultura da paróquia; reorganizar e renovar estruturas e organismos pastorais da Diocese; implementar a metodologia Sinodal de Conversação no Espírito; celebrar o Ano Santo Jubilar e ressuscitar a esperança.
Este documento, “que liga o passado ao presente, com perspetivas de futuro”, está inserido numa linha de trabalho pensada para três anos, sendo este o segundo. O primeiro ano (2023/2024) foi dedicado ao conhecimento de Jesus, este que começou hoje visa “viver o sentido de pertença da Igreja e o terceiro é para aprimorar a aptidão e abertura para todos estarem sintonizados e abertos para a missão”.
Um trabalho, que segundo o responsável, implica “a corresponsabilidade dos sacerdotes, já que estes têm um trabalho fundamental, na mobilização e incentivo das pessoas para que estas participem na vida da Igreja”, referiu.
O Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, realçou que “este Plano Pastoral vem na linha deste triénio, enraizados em Cristo”. “Vivemos o primeiro ano olhando para Jesus, fundamento dessa raiz no mistério da Páscoa, e este ano queremos viver este caminho com Jesus, mas perspetivando também a nossa ação na Igreja. Este caminho, também a pedido do Papa Francisco, parte da oração, mas também para ser vivido no caminho da esperança, rumo ao Jubileu”, referiu.
De acordo com o Prelado, pretende-se chegar a todas as comunidades. “Que todos vivamos este Plano Pastoral e sintamos que ele é nosso. Que contribua para que todos sejam parte da Igreja, na responsabilidade da comunhão, da participação e da missão”. “É um projeto que nos vai ajudar, através de atividades e programações, a vivermos a nível diocesano o melhor para o povo de Deus e para a Igreja, mas ao mesmo tempo olhando para o mundo e para a caminhada universal”, desejando que “seja assumido por todos e que produza muitos frutos”.
Este dia serviu ainda para recordar a Beata Rita Amada de Jesus, com a oração do terço e a visita à Casa Memorial, onde foi dada a conhecer a sua vida, obra e carisma por Fátima Eusébio, coordenadora dos Bens Culturais da Diocese de Viseu.
A peregrinação terminou com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Bispo, que pediu à Beata Rita, “apóstola missionária da família, do rosário e da Eucaristia, para que ajude todos os cristãos da Diocese a empenharem-se numa vida cristã autêntica, sinal do amor de Deus, olhando também para as crianças e jovens que serão incluídos no trabalho pastoral”.