Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A Cáritas Diocesana de Viseu assinou ontem, dia 14 de outubro, o auto de consignação para a requalificação de quatro casas em ruínas, antigas Moradias Vicentinas, ao abrigo da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário (BNAUT), que vão acolher pessoas em situação vulnerável, nomeadamente migrantes, pessoas sem-abrigo, refugiados ou vítimas de violência doméstica.

As habitações, vendidas pela Fundação São José à Cáritas, ficam situadas na Rua Padre Miguel Selis, próximo ao Seminário das Missões, em Viseu, onde foi feita a cerimónia oficial do lançamento da primeira pedra.

O Diácono Felisberto Marques, presidente da direção da Cáritas Diocesana de Viseu, explicou que esta obra – que deverá estar concluída em junho do próximo ano – representa um investimento de 360 mil euros, dos quais 246 mil euros são comparticipados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). O restante valor terá de ser suportado por fundos próprios, esperando o responsável que também venha a existir algum apoio por parte da autarquia local.

“É mais uma valência que a Cáritas assume no serviço aos mais necessitados. Já temos a creche para as crianças; o Centro Comunitário em Paradinha a trabalhar com adolescentes, jovens e adultos; o Programa Escolhas no Bairro da Balsa direcionado para adolescentes e jovens; e agora esta valência vem dar uma resposta social que ainda não existia destinada a adultos fragilizados, com necessidade de um teto que os abrigue em situações de necessidade extrema”, explicou o presidente da Cáritas.

A importância desta nova resposta social para o concelho também foi enaltecida por Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, que diz vir colmatar uma “lacuna neste segmento”, assegurando que “a Câmara acompanhará este esforço” da Cáritas.

A cerimónia foi encerrada pelo Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, que felicitou a Cáritas pela concretização deste projeto. “Estas casas são raízes, que remontam a uma história importante de Portugal e da Igreja, que nasceram para acolher os pobres e necessitados e agora estas obras dão continuidade à sua função inicial”, frisou acrescentando que espera que “os nossos vindouros possam dizer que valeu a pena o esforço e a cooperação e que a ajuda aos mais necessitados não seja esquecida”.

Nesta cerimónia estiveram também presentes membros da atual direção da Cáritas, funcionários e elementos das anteriores direções, os responsáveis pela obra e demais representantes de entidades locais que assinaram um pergaminho, que foi posteriormente enterrado dentro de uma garrafa junto com moedas, para assinalar este momento histórico.

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