A ordenação de dois novos diáconos na Sé de Viseu no dia Mundial das Missões, tornou-se um evento viral na Diocese e juntou uma multidão de cristãos na Eucaristia para louvar e bendizer o Senhor.
Os diáconos participam de modo especial na vida, na graça e na missão de Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.
“O Sacramento da Ordem marca-nos com um selo (imprime carácter) que ninguém pode fazer desaparecer e que os configura a Cristo, que se fez “diácono”, isto é Servo de todos. Entre outros serviços, pertence aos diáconos assistir o Bispo e os sacerdotes na celebração dos divinos mistérios, sobretudo na Eucaristia, distribuí-la, assistir ao matrimónio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir aos funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade” (cf. LG 29; SC 35), funções que devem cumprir sob a autoridade pastoral do seu Bispo.
Como cristãos temos de começar por nos purificar, antes de purificarmos os outros; temos de ser instruídos, para podermos instruir; temos de nos tornar luz para alumiar; de nos aproximar de Deus para podermos aproximar d`Ele os outros; de ser santificados para santificar e conduzir pela mão os irmãos, que devemos aconselhar, e ajudar com amor e inteligência.
O problema das vocações na Igreja, principalmente na Europa requerem tempo e paciência. Como diz Tomás Halík “a esperança sem paciência não é verdadeira esperança, mas mero otimismo; a fé sem paciência não é verdadeira fé, mas mera ideologia religiosa; tanto a fé como a esperança envolvem a capacidade de adoração, de permanecer à porta do mistério”.
A missão dos pastores, dos Bispos, dos sacerdotes, dos diáconos, dos religiosos, dos consagrados, dos leigos famílias, catequistas, professores e operários na Igreja deve ser a de ensinar, santificar e servir. Servir a Deus servindo a comunidade dos crentes; anunciando na Igreja a Boa notícia; “servir a Palavra, ouvi-la, pregá-la e interpretá-la na comunidade dos crentes – e, assim, servir essa comunidade; proclamando o Evangelho a toda a criatura” e assim servir a todos. Este é um desafio do cristianismo e das tarefas da nova Evangelização hoje.
A Diocese de Viseu retomou o chamado caminho da normalidade em relação a um futuro melhor acerca do percurso das vocações sacerdotais. A ordenação dos diáconos Alexandre e Eduardo no Dia Mundial das Missões, na Catedral de Viseu manifestou-se como uma bênção singular de Deus. A Sé estava repleta de fiéis com a presença de muitos sacerdotes, diáconos, consagrados, seminaristas, pré-seminaristas, acólitos, escuteiros, jovens, famílias e leigos. Foi uma celebração muito digna, muito vivida, muito orante e animada festivamente pelo Coro de São Teotónio. Todos juntos na mesma celebração, em caminho sinodal, manifestámos a alegria como sinal de esperança num trabalho pastoral mais em conjunto entre as famílias, os jovens e os que procuram um verdadeiro acompanhamento e discernimento vocacional.
O encontro Nacional de Jovens em Lisboa no chamado “Rejoice”, juntou uma multidão de jovens com os seus animadores, sacerdotes, religiosos e leigos, que celebraram juntos o primeiro aniversário da JMJ em Lisboa. Parabéns pelo evento e pelo dinamismo que traz para as nossas Dioceses. Parabéns aos jovens da Diocese de Leiria-Fátima, que ganharam o Festival Jovem da Canção. Parabéns e força a todos os participantes e ao Grupo de Jovens da Paróquia de Lordosa, que representou a nossa Diocese. Comecemos todos com esperança a preparar o encontro de Jovens do próximo ano Jubilar de 2025, anunciado para se realizar na Diocese de Lamego.
António Luciano, Bispo de Viseu