
Ao som da Banda Filarmónica do Sátão, da Sociedade Filarmónica Lobelhense, da Banda Filarmónica de Vila Cova de Tavares, da Sociedade Filarmónica de Tibaldinho e da Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo, os peregrinos dos Arciprestados da Beira Alta e do Dão peregrinaram juntos do Seminário Maior de Viseu à Catedral, ontem, dia 23 de março, 3.º Domingo da Quaresma.
As peregrinações arciprestais, inseridas no Jubileu da Esperança que estamos a viver, ficaram marcadas por vários momentos simbólicos: a distribuição das pagelas com a oração do Jubileu que se fez ouvir na Catedral, a entrega de fitas com as cores jubilares, que coloriram a moldura humana no adro da Sé, e um ofertório feito durante a Eucaristia. Este era composto por uma caixa de primeiros socorros, sinal de esperança para os doentes; um par de sapatos, símbolo da caminhada conjunta do Jubileu; um tesouro, que simbolizou presentes para os idosos que muitas vezes experimentam a solidão e o abandono; um cesto com alimentos, como sinal de esperança para os pobres; e uma âncora, símbolo da presença firme de Deus mesmo durante as tempestades da vida.
A Eucaristia foi presidida pelo Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, e solenizada por elementos dos coros de Cunha Baixa e de Mangualde, que abrilhantaram a cerimónia, composta por uma assembleia tão grande que extravasou as portas da Catedral. Estiveram presentes os respetivos arciprestes, sacerdotes, diáconos, irmandades, acólitos, religiosos, consagrados, movimentos, obras apostólicas, irmandades, escuteiros e leigos, representantes de instituições sociais, autárquicas e civis.
Durante a homilia, o Bispo realçou que “a peregrinação da Esperança é um sinal visível do amor salvífico de Deus, testemunho da nossa fé, que convida os pastores e os fiéis a caminharem juntos, em busca do Reino de Deus, em caminho de bem-aventurança e de misericórdia”.
Um caminho de renovação espiritual que deve chamar todos aos batizados, tendo presentes “a conversão pessoal e o dom do arrependimento, elementos próprios da peregrinação”.
O Bispo apelou a que durante a Quaresma cada um possa fazer um caminho espiritual ao procurar Deus, através de pequenos gestos de solidariedade e de amor para com o outro. “Temos de ser como Jesus, amigos e próximos de todos, sem esquecer ninguém”, reforçou.
Também a renovação da Igreja, em caminho sinodal, foi enaltecida pelo Bispo, que defende a cooperação de todos, através de um trabalho conjunto. “Aqui, com cada um dos arciprestados, somos a expressão da Igreja que o Papa Francisco quer, a Igreja de Jesus Cristo, a anunciar a alegria do Evangelho para que juntos possamos renovar as nossas comunidades”, frisou.
D. António Luciano recordou, ainda, o Dia Cáritas, celebrado neste domingo, com o tema “Envolve-te”, enaltecendo o seu propósito junto dos mais necessitados da sociedade.
A celebração terminou no Adro da Sé com uma grande moldura humana a acenar as fitas com as cores do Jubileu, simbolizando a esperança num futuro promissor.
Os arciprestes da Beira Alta e do Dão, Padre Manuel Clemente e o Padre Jorge Gomes, respetivamente, mostraram-se felizes com a envolvência das respetivas paróquias nesta peregrinação conjunta, sempre com Cristo presente em todos os momentos.
No próximo domingo, dia 30 de março, também o Arciprestado de Besteiros fará a sua peregrinação jubilar. A concentração será às 15h00, no exterior do Seminário Maior de Viseu e, meia hora mais tarde, tem início a peregrinação pelas ruas da cidade até à Catedral. Pelas 16h00, o Bispo de Viseu preside à Eucaristia.
Com o lema “Jesus chama-te. Experimenta… Ser Peregrino da Esperança”, as peregrinações são uma prática tradicional por ocasião do Jubileu, simbolizando a jornada espiritual dos fiéis em busca de perdão e renovação da fé.
Galeria de vídeos e fotografias disponível no Facebook da Diocese de Viseu.