
No passado sábado, dia 29 de março, Viseu uniu-se a 11 cidades do país e caminhou em defesa da vida, numa manifestação pública e pacífica que contou com a presença de cerca de 600 pessoas, de todas as faixas etárias.
A Diocese de Viseu associou-se a esta iniciativa, tendo estado representada pelo Bispo, D. António Luciano, que defende o direito à vida, desde o momento da conceção até à morte natural.
Esta iniciativa, promovida anualmente, a nível nacional, pela Federação Portuguesa pela Vida, desde 2012, e localmente pela Associação de Defesa e Apoio à Vida (ADAV) Viseu defende a criação e oferta generalizada de melhores condições de saúde, onde seja realidade um sistema nacional de saúde munido de meios humanos e materiais que permitam uma resposta célere e efetiva às pessoas com necessidades de cuidados de saúde; acesso a trabalho digno para todos, projetado para evitar condições sub-humanas de vida; acabar com situações de abandono e solidão; criação de habitação capaz de responder às necessidades do país facilitando o acesso a uma casa digna; estabelecer um verdadeiro apoio às famílias com oferta de Creches e estabelecimentos de Educação Pré-escolar a que todos tenham acesso; e promoção do ensino obrigatório bem estruturado, com condições equilibradas, sem constrangimentos ou imposições, deixando liberdade às famílias para as escolhas educativas e da oferta das modalidades de ensino e formação.
Na cidade de Viseu, os participantes concentraram-se no Campo de Viriato e percorreram cerca de quilómetro e meio num trajeto definido para acolher também os mais idosos. Com camisolas e faixas a apelar ao direito à vida, os participantes mostraram que a vida deve ser uma prioridade de todos.
Na Praça da República (Rossio), onde terminou a caminhada, os participantes foram recebidos com momento musical protagonizado por um jovem casal ucraniano (Irina e Andriy Babchuk) que, na sua língua-mãe, interpretaram canções relacionadas com a vida e o dom da maternidade.
De acordo com a organização, a “Caminhada pela Vida é já o grande testemunho público e pacífico das pessoas que, assumindo a sua cidadania, se manifestam a favor da vida humana e que não desistem de defender uma sociedade onde cada vida é amada, protegida e defendida em qualquer momento do arco inteiro da existência”.
Foi ainda reiterado que “a vida humana é inviolável e este valor maior não pode ser subjugado a ideologias e a leis que tentam desresponsabilizar a sociedade pelos que estão a sofrer, os mais fracos e sem voz, os indefesos e suscetíveis a decisões imponderadas”.
A organização realçou que “há urgência em criar leis de apoio e incentivo à natalidade e ao início de vida, assim como devem ser organizadas e colocadas em funcionamento, em quantidade e qualidade, para as situações de fim de vida”.
A caminhada contou com a participação de várias entidades e coletividades. Este ano associaram-se os Pombinhos do AE Infante D. Henrique, os Bombos Zés Pereiras de Teivas, o Grupo de Motards da “Christian Motorcycle Association”, a Polícia Municipal, a Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Viseu, bem como pastelarias locais.
Além de Viseu, à mesma hora também as cidades de Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Guarda, Lamego, Lisboa, Santarém e Porto se congregaram em espaços públicos, com a participação de muitas pessoas que caminharam pela defesa da vida.