A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Jesus entrou solenemente na cidade de Jerusalém ao som de cânticos e aclamações, consciente do caminho que o levava à condenação e à morte na Cruz.

A liturgia da Semana Santa inicia com o Domingo de Ramos e tem este duplo sentido: celebrar a entrada triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém, “diante da qual chorou pelos seus filhos”; e a proclamação da Paixão de Jesus, segundo o relato dos Evangelistas.

Este momento da bênção dos Ramos e a celebração da Eucaristia, vivencia os mistérios da Redenção. Com efeito, é o caminho privilegiado através do qual a Igreja oferece aos fiéis a possibilidade de alcançar as riquezas das ações salvíficas e dos méritos do Senhor Jesus, que se tornam sempre presentes quando escutamos o relato da Paixão. Desta forma, é permitido que os fiéis entrem em contacto com a graça da salvação e sejam cumulados de grandes bênçãos.

A celebração eucarística dominical é o centro da vida cristã batismal e deve ser tratada com toda a solicitude, por todos os pastores e fiéis, atraídos pela beleza da liturgia (cf. Alegria do Evangelho n. 24), participando na Eucaristia recebem o alimento espiritual que fortalece a fé cristã.

O Domingo de Ramos lembra a todos nós a entrada triunfal de Jesus na cidade santa de Jerusalém, ao som de cânticos, com ramos de palmeira e de oliveira, para dar cumprimento às Escrituras.

Jesus saiu de Betânia, o lugar que significa acolhimento, espaço de intimidade, vivência familiar, interiorização e descanso, a casa de Maria, Marta e Lázaro, montado numa jumentinha.

O povo, querendo aclamá-lo como Rei, veio ao seu encontro com ramos de oliveira e palmeira, estendendo as suas capas no chão e proclamando: “Bendito, Bendito o que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas!”

A partir deste momento, Jesus assume a missão salvífica de reconciliar os Homens com Deus, libertando o povo de Israel da escravidão do pecado. Olhemos para as nossas situações de pecado e façamos o caminho de Jesus, neste Ano Jubilar de Esperança, tornando-nos oásis de perdão e de misericórdia, de acolhimento e de esperança para todos.

O que significa a Bênção dos Ramos?

Os ramos são um símbolo de paz, de harmonia, de esperança e de renovação da fé no caminhar da Igreja.

O rito da bênção dos Ramos simboliza o encontro de Jesus com o seu povo, que o quer aclamar como Rei.

Hoje, cada cristão, ao levar os ramos de palmeira, oliveira, loureiro ou de outras plantas, é convidado a refletir sobre o significado da humildade e do amor de Cristo, que se fez Servo de todos e se entregou por nós e pela nossa salvação. Os ramos benzidos e levados pelos cristãos para as suas casas, como sinal do amor de Deus e da entrega do seu Filho, Jesus Cristo na cruz, são guardados com respeito e utilizados como presença da bênção divina, ao longo do ano, tanto nas casas, como nos campos.

Alguns ramos benzidos, neste dia, são guardados e depois queimados para produzir a cinza que vai ser benzida e colocada na cabeça dos cristãos no ano seguinte, na celebração de Quarta-feira de Cinzas, que marca o rito do início da Quaresma.

Este é, portanto, um momento de renovação espiritual, de recordação da entrada solene de Jesus em Jerusalém e de convite à reflexão sobre os passos da vida de Cristo que, ao longo da Semana Santa, lembramos como Aquele que se ofereceu para a salvação da humanidade.

Assim como os frutos da terra são um sinal de bênção para o povo, também os ramos benzidos, na liturgia de Domingo e Ramos, são um sinal de esperança e bênção que nos levam a mergulhar no mistério da Redenção. Também a vida nova, em Cristo morto e ressuscitado, é semelhante à semente lançada à terra que deve germinar, crescer, tornar-se ramo verde e frutificar, como sinal de alegria e de festa pascal.

+António Luciano, Bispo de Viseu

CategoryBispo, Diocese, Igreja

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