
A Diocese de Viseu viveu hoje um momento de grande festa, alegria e emoção, com a ordenação sacerdotal do diácono Eduardo Abrantes, de 26 anos, natural de Cunha Baixa, Mangualde, que escolheu para lema de ordenação “Eu estou à porta e Chamo”.
Após oito anos sem ordenações sacerdotais, a emoção foi visível na grande assembleia presente na Catedral de Viseu, que testemunhou a entrada de Eduardo Abrantes para o presbitério, numa cerimónia solenizada pelo Coro de São Teotónio. Estiveram presentes sacerdotes, diáconos, consagrados, seminaristas, acólitos, famílias, catequistas, crianças, adolescentes, jovens e leigos comprometidos na Igreja.
Esta foi a primeira ordenação sacerdotal presidida pelo Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, neste dia, 4 de maio, que marca o primeiro dia da Semana de Oração pelas Vocações e, simultaneamente, Dia da Mãe, efemérides que deram mais brilho a esta
celebração.
Perante os batizados e o Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, o então diácono Eduardo Abrantes respondeu “presente”, assumindo, com toda a sua entrega, esta nova dádiva: “ser pastor e guiar as suas ovelhas”.
Durante a homilia, o Bispo realçou que, “para os sacerdotes, o modelo da disponibilidade à vontade do Pai é Cristo, que veio para fazer a vontade do Pai”, pedindo ao novo sacerdote que exerça o seu ministério “sempre com alegria, generosidade e esperança, sem medo das dificuldades e problemas que possam advir”, ou seja, servindo “à maneira do bom Pastor”.
Segundo o Bispo, Eduardo Abrantes deve guiar-se pelo exemplo de Deus “que não abandona o seu rebanho, mesmo vendo as multidões, perdidas, abatidas e sem pastor, que, apesar da sua fadiga, continua a sua missão com compaixão”.
A missão de ser sacerdote, no século atual, é, segundo D. António Luciano, “um desafio apaixonante”. “Nós temos de um lado aqueles que nos estão confiados, mas também aqueles que o buscam. Como nos ensinou o Papa Francisco, devemos cuidar na proximidade, na disponibilidade, na escuta, no diálogo, na verdade, na transparência, no compromisso com os pobres e os mais frágeis da sociedade. Assim a maneira de governar de um pastor não é profana, mas evangélica”, referiu, realçando que “um pastor deve amar gratuitamente as suas ovelhas”.
O Prelado terminou a homilia com um agradecimento “muito grande” aos pais, irmãos e restantes familiares e amigos do sacerdote Eduardo Abrantes, pelo acompanhamento que lhe prestaram “com tanta caridade e generosidade”; à equipa do Seminário Interdiocesano de São José, em Braga, “todo o trabalho e empenho realizado na formação humana, espiritual, académica e pastoral”, assim como à Faculdade de Teologia da UCP; aos sacerdotes que orientaram o estágio pastoral; às comunidades que o acolheram; e à Diocese de Viseu pela sua oração, partilha e sacrifícios feitos pelo Bispo, sacerdotes, seminaristas e pela promoção vocacional nas paróquias.
Para o novo padre Eduardo Abrantes, “foi um momento muito feliz e de grande realização”. “Ser ordenado sacerdote representa a configuração com Cristo e a concretização de um sonho, em primeiro lugar de Deus para comigo, mas também como uma resposta minha”, realçou, adiantando que “é uma grande responsabilidade”. Este continuará, para já, a exercer o seu ministério em algumas das paróquias do Arciprestado de Lafões, onde esteve até agora em estágio.
Neste Dia da Mãe, o Bispo pediu ainda a todas as mães “que ajudem os seus filhos a descobrir a sua vocação segundo o desígnio de Deus”.
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