Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

O Papa Francisco, na Encíclica ‘DILEXIT NOS’, fala-nos sobre o amor humano e divino do Coração de Jesus. Ele ajuda-nos a conhecer o mistério de Cristo que assumiu a natureza humana, no seio de Maria, unindo assim as duas naturezas, a divina e a humana.

A Sagrada Escritura, através dos textos sagrados principalmente dos Evangelhos e de todo o Novo Testamento, mostra-nos a grandeza da pessoa de Jesus, desde o momento da “Anunciação e Encarnação do Verbo”; da “Visitação e o encontro de Maria com Isabel e a exultação de Jesus e de João Batista no seio materno”; o “nascimento de Jesus em Belém como Salvador”; “a apresentação no templo de Jerusalém”; “a fuga para o Egipto”; “a peregrinação com os pais ao templo de Jerusalém”; o “Batismo no rio Jordão”; a leitura de “Isaías na Sinagoga de Nazaré” e toda a vida pública até à sua morte e ressurreição.

Lembremo-nos que Jesus passou a vida a fazer o bem, cuidando dos pobres e dos doentes, ensinando a todos a viver o “mandamento novo do amor”. A vida de Jesus Cristo foi dedicada a ensinar a Boa Nova do Reino, a proclamar o amor e a misericórdia do Pai, junto dos pecadores, fazendo do perdão dos pecados a porta de entrada na vida nova da graça, porque Ele veio ao mundo para “que todos tenham vida em abundância”.

É num maior conhecimento de Jesus e da sua Palavra, com membros da Igreja, que os cristãos podem entender a grandeza, a riqueza, a altura, a largura e a profundidade do amor de Cristo por nós. Na Santíssima Eucaristia, ofereceu-nos o Banquete da Nova Aliança, o Seu Corpo e o Seu Sangue.

A Eucaristia é o pão e o vinho oferecido para a vida dos homens. Em cada Eucaristia, Jesus Cristo entrega-se de novo ao Pai nas espécies do pão e do vinho colocados sobre o altar, através das mãos do sacerdote, que na Epiclese invoca o Espírito Santo, para que o pão e o vinho se transformem no Corpo e Sangue de Cristo. Com este gesto, Jesus crucificado, ressuscitado oferece-se de novo ao Pai pela salvação de toda a humanidade.

A Igreja celebra a Eucaristia e faz memória do Senhor, até que Ele venha e entrega-O em comunhão sacramental aos fiéis para os alimentar, o “Pão Vivo descido dos Céus”, o alimento que sacia e mata a nossa fome.

“A Eucaristia é o maior dom do coração de Cristo” (São Paulo VI), Sacramento em que se entrega para redenção de todos. Ao preparar-nos espiritualmente para celebrar a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, na festa conhecida como “Corpo de Deus”, convido todos os fiéis, pastores, consagrados e leigos a preparar bem esta festa, através da celebração solene da Eucaristia no dia em que muitas crianças celebram a Primeira Comunhão. A Solene Procissão Eucarística, que se realiza na Quinta-Feira “Dia do Corpo de Deus”, percorre as ruas das cidades, vilas e aldeias para que o povo possa adorar o Santíssimo Sacramento e tomar consciência da necessidade de repartir o pão com os irmãos.

Os cristãos preparam com alegria grandes tapetes de flores e outras formas de arte para mostrar a fé eucarística no percurso por onde passa a procissão, engalanando também as janelas e varandas com ricas colchas usadas apenas para este fim.

Convido toda a Igreja Diocesana, todos os seus fiéis, as paróquias, as irmandades e as associações de apostolado, neste Ano Santo Jubilar de Esperança, a testemunhar as razões da nossa fé e a promover a adoração ao Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.

Que seja uma festa participada por todos, sinal da nossa fé, motivo da nossa adoração como caminho de esperança para construir um mundo novo, de paz e de justiça, na comunhão e na unidade com todos.

Celebramos também na sexta-feira, depois da oitava do “Corpo de Deus”, a Festa do Coração de Jesus, muito querida do povo de Deus e dos Membros do Apostolado da Oração. Ambas as festas revelam o valor do Culto Eucarístico na Igreja, a adoração, a oração reparadora, e a devoção do povo de Deus à Pessoa de Jesus.

No final do século XVII, em Paray-le-Monial, Jesus apareceu a Santa Margarida Maria Alacoque (1673-1675) e disse-lhe: “O meu divino Coração está tão abrasado de amor para com os homens e, em particular, para contigo, que, não podendo já conter em si as chamas da sua ardente caridade, precisa derramá-las por teu meio, e manifestar-se-lhes para os enriquecer de seus preciosos tesouros, que eu te mostro a ti” (Amou-nos, 119).

Que cresça em nós a devoção a Jesus na Eucaristia, “a fim de aprendermos a caminhar juntos, em estilo sinodal, em direção a um mundo justo, solidário e fraterno. Isto até que, com alegria, celebremos unidos o banquete do Reino celeste. Aí estará Cristo ressuscitado, harmonizando todas as nossas diferenças com a luz que brota incessantemente do seu Coração aberto. Bendito seja” (Amou-nos, 220).

Rezemos juntos à Mãe do Coração de Jesus, para que inflame o nosso coração de zelo e de esperança, promovendo uma verdadeira devoção a Jesus na Santíssima Eucaristia.

António Luciano, Bispo de Viseu

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