Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A Catedral de Viseu recebeu, ao final da tarde de hoje, 23 de julho, a celebração do seu Aniversário da Dedicação, completando 509 anos de consagração ao serviço de Deus.

A celebração foi presidida pelo Bispo de Viseu, D. António Luciano, concelebrada pelo Deão do Cabido, Cónego Manuel Matos, e contou com a presença de vários sacerdotes, alguns deles a celebrar neste dia o aniversário da sua ordenação, de acólitos, diáconos, consagrados e fiéis.

Durante a homilia, o Bispo recordou a importância desta festa dedicada “à Casa de Deus, como casa de oração”. “Celebrar significa manifestar gratidão e disponibilidade para renovar a aliança que Deus criou com o seu povo, a partir desta Igreja Mãe da Diocese”, começou por referir, acrescentando que “enquanto povo de Deus, peregrino e convocado pela fé, reúne-se em templos de pedra para escutar a Palavra de Deus, celebrar a Eucaristia e os Sacramentos, distribuindo a comunhão como pão vivo descido do Céu e exercendo a partilha fraterna em caridade aos seus irmãos”.

Esta celebração, solenizada pelo coro composto por elementos da Sé, Gumirães e Abraveses, assinalou também o sétimo ano de D. António Luciano como Bispo de Viseu, uma dádiva que ele fez questão de relembrar e agradecer. Fazendo memória do seu percurso, recordou alguns dos acontecimentos que o marcaram “ao longo destes sete anos de trabalho pastoral intenso, ao serviço a Deus e à Igreja na solicitude e cuidado do Povo de Deus”: o aumento da descristianização e indiferença religiosa, a morte de D. Ilídio Pinto Leandro, a pandemia, os abusos sexuais na Igreja, o afastamento da fé de muitos irmãos, a falta de vocações sacerdotais e à vida consagrada, a Jornada Mundial da Juventude, os desafios do caminho sinodal para a renovação da Igreja, a ordenação de um bispo, de três diáconos permanentes, de dois diáconos ao sacerdócio, a recente ordenação do Padre Eduardo Abrantes, a conclusão do curso de Teologia e início de estágio de dois jovens, a dispensa de sacerdotes do ministério por doença e morte e a alegria do Ano Santo Jubilar de Esperança, que está a ser celebrado na nossa Diocese e na Igreja.

A pensar no presente, mas também no futuro da Diocese de Viseu e da Igreja, o Bispo espera que surjam mais vocações sacerdotais e à vida consagrada. “Como Bispo, sonho com uma Diocese renovada, missionária e com muitas vocações que encham esta Igreja Mãe do amor de Cristo, onde cada sacerdote, religioso e leigo possa sentir-se verdadeiramente chamado a viver a missão de Deus, com amor e dedicação, principalmente trabalhando junto das famílias. Sonho também com uma Igreja seguidora do projeto de Jesus Cristo, envolvida no mistério da Trindade, protegida por Maria nossa Mãe, pobre, simples, humilde, verdadeira, transparente, construtora da paz e do bem, inovadora na pastoral e na sinodalidade, cheia de caridade e atenta aos pobres, idosos, doentes e vulneráveis da sociedade”, sublinhou.

Ao falar do Papa Leão XIV, como irmão e pai, o Bispo disse que a Diocese e a Igreja encontram nele um modelo de inspiração e lamenta os que vivem desacreditados, semeando a critica. “Estamos a viver pouco a esperança, infelizmente temos entre nós alguns profetas da desgraça, que com negativismo criticam tudo e todos. Para eles nada está bem. Em vez de partilharem a comunhão, a unidade e a fraternidade só veem negatividade”, disse, enaltecendo que o que é preciso “é construir a esperança”.

O Bispo disse ainda que o seu ministério será conduzido com “confiança, com a disponibilidade da primeira hora e com o mesmo propósito, junto dos fiéis, pastores, consagrados e leigos”, dizendo “Estou aqui, Senhor, para fazer a vossa Vontade”.

O Prelado espera que com o clero, os consagrados e os leigos, todos juntos, sigam “o caminho de Jesus, de renovação da Igreja e da transformação do mundo em que vivemos num lugar melhor”.

Neste “Ano Santo Jubilar de Esperança”, que estamos a celebrar, apelou ainda a que os pastores sejam “capazes de caminhar lado a lado com os leigos”.

Terminou a homilia confiando a Nossa Senhora, Mãe da Igreja, a Senhora do Altar-Mor, a São José, a São Teotónio, nosso padroeiro, a São Bartolomeu dos Mártires, padroeiro da Província Eclesiástica de Braga e à Beata Rita Amada de Jesus, a renovação espiritual, sinodal e eclesial da Diocese de Viseu.

Vídeo da homilia e fotografias no Facebook da Diocese de Viseu. 

CategoryBispo, Diocese, Igreja, Viseu

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