Dezenas de migrantes, vindos do Brasil, Grécia, Espanha, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e também alguns portugueses foram acolhidos no Jubileu Diocesano dos Migrantes, que se realizou ontem à tarde, 28 de setembro, na Igreja Madre Rita, em Viseu.
A festa, dinamizada pelo grupo Kharis Missão Portugal, Grupo de Oração do Renovamento Carismático Católico, contou com o apoio da Diocese de Viseu, neste Ano Santo Jubilar.
O acolhimento foi feito por Roberto Delmiro, conhecido por Betinho, responsável pelo grupo Kharis, que começou por explicar aos presentes o significado e a finalidade do Jubileu, os vários Jubileus que existem na Igreja Católica e a importância da Indulgência Plenária concedida aos peregrinos, assim como de que formas ela pode ser alcançada.
Ao abordar o tema do Jubileu “A Esperança não Engana”, Betinho frisou que todos “somos cidadãos do céu” e que este é “a pátria de todos”. Acrescentou ainda que, à semelhança do testemunho e exemplo de Cristo, “a Igreja deve ser um espaço de acolhimento para todos os migrantes”.
Seguiu-se a celebração da Eucaristia, presidida pelo Bispo de Viseu, D. António Luciano, que enalteceu este “dia de alegria e festa”, nesta Igreja dedicada à Beata Rita Amada de Jesus.
“A nossa condição é sermos peregrinos e, muitas vezes, a peregrinação conjuga-se com a migração”, começou por referir o Bispo, agradecendo a presença dos migrantes da Diocese de Viseu nesta celebração.
A partir da Palavra de Deus, pediu aos migrantes para viverem “a fé com heroísmo”. “Não deveis ter medo ou vergonha de professar a vossa fé em terra estrangeira, como nós também não devemos ter quando formos para outras terras”, pois somos “fermento, luz e testemunho, como peregrinos de esperança”, enalteceu.
Dando os exemplos da família de Jesus e também de Abraão, “que conduziu o seu povo à terra prometida”, também eles migrantes, reforçou que “o facto de irmos para outra terra deve servir de estímulo para crescermos e ajudarmos os outros” também no que respeita à evangelização. “Desafio-vos a que procureis também trazer mais irmãos e irmãs para junto de vós e para as nossas comunidades, para ajudarem a evangelizar e a tomar consciência do que é ser cristão, da vida eclesial que devemos viver, sempre na direção de Deus, procurando o maior bem para todos”, apelou D. António Luciano aos presentes.
Agradecendo o empenho demonstrado na Diocese de Viseu no acolhimento aos migrantes, D. António Luciano reforçou “que todos devemos respeitar a língua, a cultura e as tradições de cada um, assim como a forma de viver e celebrar a fé”.
A celebração terminou com a bênção das bandeiras dos vários países representados.
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