O Bispo de Viseu, D. António Luciano, celebrou hoje de manhã, 8 de dezembro, a Eucaristia da Solenidade da Imaculada Conceição, padroeira de Portugal, na Catedral de Viseu. “A festa da Imaculada, muito enraizada na vida dos fiéis e do povo português, ao longo dos séculos, é celebrada na liturgia com tanta beleza espiritual e tradição histórica na Igreja, tendo recebido um novo fôlego quando o Papa Pio IX proclamou o Dogma da Imaculada Conceição, no ano de 1854”, começou por contextualizar o Bispo na homilia.
A partir do Evangelho, o Bispo recordou que este dia invoca a vida e a virtude de Virgem Maria, Mãe de Jesus, concebida sem mácula, ou seja, sem marca do pecado original, e enalteceu Maria como “sinal dos tempos novos”, que “oferece a luz capaz de abrir o coração humano ao mistério de Deus, plenamente revelado na Encarnação do Verbo”.
“O Evangelho de Lucas apresenta-nos Maria, a cheia de Graça, a nova Eva, mulher de fé, de obediência, com disponibilidade e liberdade interior, que vive a caridade na santidade. A anunciação do Arcanjo Gabriel mostra Maria disponível, em toda a sua plenitude, para Deus que, cheia do seu amor, rejeita o medo e a falta de confiança”, lembrou.
Um exemplo que, segundo o Bispo, deve ser seguido por toda a humanidade, “hoje ferida por tantos males e marcada por situações de miséria, pecado, indiferença, injustiça, violência e morte, que se opõem ao projeto divino da salvação e ofuscam a dignidade da pessoa humana”, sublinhou D. António Luciano.
Diante do chamamento de Deus, o Prelado recordou que cada um pode seguir dois caminhos: “acreditar como Maria à luz da fé e responder sim com generosidade ou responder não, tendo como consequência um caminho do mau uso da nossa liberdade”.
Neste Ano Jubilar, o Bispo disse que também Maria se tornou “protagonista da mudança”, quando respondeu “sim, ao acreditar e aceitar a realização do projeto de Deus na sua vida”.
“Neste tempo de Advento, façamos da conversão do coração o caminho da esperança cristã, que pela oração e caridade, nos transforma em instrumentos de comunhão, de unidade, de alegria e de paz na Igreja e no mundo. Peçamos a Nossa Senhora da Conceição, Mãe de Cristo e da Igreja, padroeira de Portugal, que abençoe a nossa pátria, os governantes, as nossas paróquias, as nossas famílias, as crianças, os jovens, o clero, os consagrados, os leigos, os doentes, os pobres, os presos, os refugiados e os migrantes”, concluiu o Prelado.