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Publicação destaca valores de entreajuda, esperança, superação e fé da seleção portuguesa de futebol em 1966.

O historiador César Rodrigues coordenou a obra ‘Mundial 66 – Olhares’, um livro de memórias que a partir de testemunhos destaca valores de entreajuda, esperança, superação e fé da seleção portuguesa de futebol que ficou conhecida como os “Magriços”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, César Rodrigues assinalou que hoje no desporto “cada vez mais a parte mental”, onde se inclui a fé, é um fator “muito relevante” juntamente com a parte técnica, tática e física.

“A parte mental pressupõe equilíbrios, que no desporto como na vida podemos estar muito bem preparados mas há um série de imponderáveis que nos são externos e para os quais temos de estar preparados para trabalhar sobre eles, para vencermos e para uma falha”, refere o entrevistado que coordenou o livro ‘Mundial 66 – Olhares’ com Francisco Pinheiro.

Segundo o historiador a fé é para muitos dos que acreditam no transcendente um “espaço de equilíbrio” que se junta a “todos” os fatores que possam equilibrar essa relação e está presente como “capacidade” do jogador superar-se “e conseguir alcançar” os seus objetivos e não como conceito de “antagonismo”: “Seja dada a mim a capacidade de vencer se do outro lado estiver alguém que vai perder.”

No contexto Fé/Desporto, César Rodrigues destacou a conferência ‘Desporto ao Serviço da Humanidade’ que está a ser organizada pelo Conselho Pontifício para a Cultura, da Santa Sé, entre 05 e 07 de outubro, em Roma.

“Combina duas áreas, entre outras possíveis, que contribuem muitas vezes para a comunhão entre os povos, para o respeito pelo outro e pela diferença das culturas, das sociedades”, assinala o entrevistado que considera que as capacidades do desporto “valem muito mais” do apenas a vertente cultural numa “perspetiva educativa, pedagógica, de procurar cada um a transcendência”.

Com 300 páginas a nova publicação da Edições Afrontamento apresenta o testemunho de 66 personalidades; de Portugal, César Rodrigues destaca o contributo de pessoas ligadas atualmente ao futebol e que em 1966 assistiram aos jogos pela televisão, como Fernando Santos, Fernando Gomes e Humberto Coelho.

Os coordenadores contaram também com textos de antigos jogadores da seleção dos “Magriços” – Alexandre Baptista, Hilário e José Augusto -, com o padre Vítor Melícias, o ex-presidente da República Jorge Sampaio e Flora da Silva Ferreira, viúva de Eusébio.

Três testemunhos são brasileiros ligados ao futebol – os jogadores Tostão e Carlos Alberto Torres e o treinador Felipe Scolari.

O livro ‘Mundial 66 – Olhares’ foi publicado no contexto dos 50 anos do Campeonato do Mundo de Futebol de Inglaterra de 1966 e recorda que Portugal conseguiu o pódio, o 3.º lugar, na sua primeira participação numa grande competição internacional de seleções na modalidade de futebol e Eusébio foi o melhor marcador.

Quando ainda se vive, a nível desportivo, “um momento único de exaltação patriótica pela vitória” portuguesa do Campeonato Europeu de Futebol 2016, realizado na França, César Rodrigues observa que provavelmente “o primeiro passo”, para o momento “histórico fantástico”, terá sido dado em 1966 com “uma caminhada que também se tornou heroica”.

O historiador começou por destacar o “momento único” pela participação lusa que se tornou “ainda mais referenciado” por ter conseguido o 3.º lugar com uma seleção que “na bolsa de apostas aparecia a meio” e, em crescendo, “conseguiu ir superando algumas das dificuldades mais difíceis”.

G.I./Ecclesia:HM/CB

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