Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Obra analisa percurso de 1500 anos

A obra ‘História da Diocese de Viseu’ vai receber, no próximo dia 7 de dezembro, o prémio Lusitania-História 2016, atribuído pela Academia Portuguesa da História. A obra, dividida em três volumes (Medieval, Moderna, Contemporânea), foi coordenada por José Pedro Paiva, historiador e investigador de reconhecidos méritos, e atual diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Em declarações ao Jornal da Beira, José Pedro Paiva deixou algumas indicações sobre a mais-valia deste prémio.

Qual é o significado da atribuição deste prémio em termos pessoais e profissionais?

O prémio é coletivo, pois resulta do excelente trabalho de uma equipa alargada de competentes historiadores, historiadores de arte e arqueólogos que, de forma intensa, durante cerca de sete anos se dedicaram à tarefa de conceber e escrever esta História da Diocese de Viseu. Senti um enorme regozijo e satisfação da parte de todos quando lhes comuniquei a notícia, sinal de que este reconhecimento por parte de uma instituição com o prestígio da Academia Portuguesa da História os enche de orgulho pela obra feita e, seguramente, é mais um indicador da qualidade do percurso profissional de todo.

Este prémio dá maior visibilidade e responsabilidades à Diocese de Viseu?

A Diocese de Viseu tem sido exemplar em Portugal no cuidado que tem posto em preservar e divulgar a sua história e o seu património móvel e imóvel. Isso deve-se à ação conjugada do Senhor Bispo D. Ilídio Leandro, que tem manifestado uma imensa sensibilidade para a importância da preservação destes elementos da identidade católica no território, e do Departamento de Bens Culturais da Diocese de Viseu que tem desempenhado papel notável. Ou seja, a Diocese não necessitaria deste prémio para obter visibilidade neste domínio. Pode dizer-se que o prémio é mais um elemento a agregar ao que tem sido feito, de que destaco o inventário do património móvel da Diocese, da recente abertura do Tesouro da Catedral, das inúmeras exposições que patenteiam a riqueza e a variedade de expressões do catolicismo nesta região ao longo de cerca de 1500 anos. Naturalmente que agora há que manter este rumo e, nesse sentido, há novas responsabilidades e desafios a que a Diocese saberá seguramente responder.

Que efeitos poderá ter a atribuição deste galardão no quadro da história religiosa de Portugal?

Não existe na historiografia portuguesa nem europeia nenhuma obra semelhante a esta. O modelo de análise que foi proposto não tem qualquer arquétipo antecedente que o tenha guiado. Creio que isso também poderá ter pesado na decisão do júri que distinguiu a obra. Assim, esta História da Diocese não só vem assinalar que o campo de estudos da história religiosa está vivo, como pode servir de guia para que outras Dioceses venham a comprometer-se com a elaboração de uma história que, seguindo padrões próximos desta, iluminem o conhecimento que hoje temos do Catolicismo em Portugal.

G.I./J.B.

 

CategoryDiocese, Igreja, Viseu

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