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D. Pierbattista Pizzaballa defende aposta na educação contra «ciclo vicioso da violência».

O administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém disse que 2016 “foi difícil” para os cristãos na região e que, mais do que nunca, é necessária “esperança renovada” perante os conflitos que afetam o Médio Oriente.

“A situação dos cristãos na Síria, no Iraque e no Egito é uma total tragédia. O ciclo vicioso da violência instalada parece desesperado e sem fim. As guerras e o uso da força não foram capazes de trazer a paz e a justiça, só trouxeram mais violência, mais mortos, mais destruição”, afirmou D. Pierbattista Pizzaballa, na sua conferência de imprensa de Natal.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o prelado alerta para as guerras terríveis que são “cegamente alimentadas” pelo comércio de armas, pelos jogos de interesse das potências, pelo fundamentalismo implacável.

“A paz tem necessidade de negociações e de soluções políticas. O exército pode ganhar a guerra, mas para a construção da paz precisamos da política”, desenvolveu o bispo franciscano, em defesa dos pobres e indefesos que “pagam” um “preço demasiado caro”.

O responsável religioso considera surpreendente o facto de o radicalismo estar “enraizado nas gerações mais novas”.

A Igreja Católica defende que a educação “é fundamental” porque é a base da construção de um futuro melhor para todos e, neste contexto, D. Pierbattista Pizzaballa alerta para a “crise sem precedentes” das escolas católicas em Israel.

“Os obstáculos à paz em Israel e na Palestina persistem, assim como a falta de diálogo ou de um compromisso para uma verdadeira paz baseada na justiça”, acrescenta, observando que nos dois lados o ódio e a violência prevalecem “à razão e ao diálogo”.

O administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém refere, por exemplo, que em Cremissan – perto de Belém – o muro israelita expropriou famílias cristãs, o que “é um roubo ao seu património”.

Ainda na análise ao ano de 2016, o responsável indica que as dioceses católicas na Jordânia acolheram “milhares de refugiados” não só cristãos mas também muçulmanos.

Por sua vez, no Egito os cristãos são “constantemente” ameaçadas, como foi exemplo o recente ataque terrorista a uma igreja Copta no Cairo.

“Face a tantos problemas, devemos assumir as nossas responsabilidades, devemos continuar a trabalhar para uma mentalidade de paz”, disse D. Pierbattista Pizzaballa.

O prelado italiano adiantou também que a Igreja Católica na Terra Santa “reconhece a necessidade” de uma renovação espiritual e está num momento de reforma em termos de organização, de administração e de trabalho pastoral.

G.I./Ecclesia:CB/OC

CategoryEcumenismo, Igreja

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