Iniciativa quer valorizar papel da disciplina da escola como proposta de formação «integral».
A Igreja começa hoje a celebrar a semana nacional de (EMRC), que procura valorizar papel da disciplina da escola como proposta de formação “integral” e se associa, este ano, ao Centenário das Aparições de Fátima.
A iniciativa engloba um conjunto de atividades em estabelecimentos de ensino de todo o país, para “ajudar a escola e a fazer crescer crianças e jovens procurando valorizar a sua formação integral”, refere Fernando Moita, coordenador nacional da disciplina.
O portal Educris, do Secretariado Nacional da Educação Cristã, adianta que este ano o departamento de EMRC propõe “de modo simples e desafiante” experimentar “uma dimensão testemunhal” através da recolha de testemunhos diversos de pais e mãe cujos filhos são alunos de EMRC” e as palavras “de 5 crianças/jovens que semanalmente saboreiam o encontro e a Vida na aula de EMRC”.
“São testemunhos que atestam o bem que a nossa disciplina faz em tantas pessoas e em tantas comunidades educativas”, sustenta Fernando Moita.
Patrícia Martinho, aluna do 12.º ano, frequenta disciplina em Odivelas, Patriarcado de Lisboa, pelo oitavo ano letivo consecutivo.
“Participo nas aulas não só para aumentar o meu conhecimento acerca de diversos temas como também pelo convívio que é feito, tanto entre alunos como entre alunos e professor, que faz com que seja uma disciplina onde nos sentimos à vontade e onde podemos explorar a nossa criatividade em vários projetos”, explica.
Em ano de celebração do Centenário das Aparições, a equipa nacional da EMRC apresenta um conjunto de aulas de EMRC sobre a narrativa dos acontecimentos de Fátima.
Fernando Moita explica, em declarações divulgadas pelo Educris, com imagem renovada, que a proposta quer “valorizar este acontecimento que marcou e marca a vida em Portugal e a vida de muitos católicos”.
“Queremos dar um contributo para que, em contexto educativo, se apresente e se reflita sobre a experiência religiosas de três crianças (Lúcia, Jacinta e Francisco) em 1917 e também sobre o que hoje significa Fátima na vivência de milhões de pessoas desde aquela data até hoje”, acrescenta o responsável.
A Concordata assinada em 2004 entre Portugal e a Santa Sé consagra a existência da disciplina de EMRC, sendo os professores propostos pelos bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela.
“A República Portuguesa, no âmbito da liberdade religiosa e do dever de o Estado cooperar com os pais na educação dos filhos, garante as condições necessárias para assegurar, nos termos do direito português, o ensino da religião e moral católicas nos estabelecimentos de ensino público não superior, sem qualquer forma de discriminação”, lê-se no artigo 19.º da Concordata.
A disciplina de EMRC é uma componente do currículo nacional, de oferta obrigatória por parte dos estabelecimentos de ensino e de frequência facultativa, apresentando como objetivos fundamentais “educar para a dimensão moral e religiosa e para a compreensão dos elementos mais profundos da cultura nacional, necessariamente aberta ao mundo”.
G.I./Ecclesia:OC