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Presidente do Conselho de Gerência, padre Américo Aguiar, diz que a rádio mantém o cariz «empreendedor e muito inovador» das origens.

O presidente do Conselho de Gerência da Renascença Multimédia disse que o “grande desafio” do grupo é do digital, mantendo o mesmo cariz “empreendedor e muito inovador” dos fundadores, há 80 anos.

“Estamos a desenvolver um programa de transformação digital para sermos capazes de encarar esses desafios com a juventude que estes 80 anos nos permitem testemunhar no mercado”, disse o padre Américo Aguiar à Agência ECCLESIA.

Na entrevista que vai ser transmitida esta tarde no programa Ecclesia, na RTP 2 a partir das 15h00, o sacerdote explicou que o Grupo Renascença Multimédia quer desenvolver a produção de conteúdos, nomeadamente em vídeo, e assinala que as redes sociais são concorrentes à produção de conteúdos clássicos.

O presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia apontou também como desafio para o futuro “desenvolver a Renascença V+”.

No sítio na internet da emissora católica portuguesa, acrescenta, pode ver-se uma “grande capacidade” de conteúdos de imagem e o Grupo assume como prioridade desenvolver mais esse produto para “quem sabe, no futuro”, a Renascença, para além da rádio, ser  “a imagem que os portugueses escolhem” para ver muitos dos acontecimentos da sociedade portuguesa.

Atualmente com 250 colaboradores, o padre Américo Aguiar realça que nestes 80 anos o grupo colhe o resultado do “muito sacrifícios, dificuldades, entrega” e muitos horários “para além do horário” de quem esteve na Renascença.

Segundo o presidente do Conselho de Gerência da Renascença, a matriz católica “não aprisiona” os colaboradores, mas torna-os “mais livres” na capacidade de ler os acontecimento políticos, partidários, “da vida profissional, das alegrias, das tristezas da sociedade portuguesa”.

“Essas limitações do ADN católico tornam-nos mais livres apesar de economicamente poder parecer limitação financeira”, acrescenta o padre Américo Aguiar exemplificando que “há publicidade que não passa obviamente na antena” ou noutro tipo de circunstâncias em que os concorrentes na radio “têm outras liberdades”.

“Não precisamos de estar sempre com o credo na ponta da boca, nem com as orações para dizer o que é importante dizer da leitura católica, cristã da realidade nas notícias, no entretenimento”, desenvolveu ainda.

O Grupo Renascença Multimédia atualmente tem quatro emissoras para diferentes públicos – A Rádio Renascença, a RFM, a Mega Hits e a Radio SIM – uma empresa dedicada à publicidade, a Intervoz, e a Génius y Meios, que promove a criação de eventos e espetáculos.

No dia em que a Renascença celebra 80 anos, o padre Américo Aguiar destaca que da primeira hora permanece, “acima de tudo, o espírito empreendedor” do monsenhor Lopes da Cruz, que era um “homem avançado para o seu tempo” e tinha um projeto multimédia para a Igreja Católica em Portugal, e do cardeal Cerejeira, duas figuras principais do fazer nascer a emissora católica portuguesa.

“Neste mundo dos media, da comunicação, não devemos temer os desafios de cada tempo. Temos de saber sempre quem é que são os nossos destinatários e fazer as coisas de acordo com isso. Temos de ter a humildade de abrir a programação, a grelha, de maneira que seja o mais abrangente possível da sociedade portuguesa”, referiu o presidente do conselho de gerência do grupo “líder da rádio em Portugal”.

G.I./Ecclesia:HM/CB/PR

 

CategoryIgreja, Pastoral

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