Igreja Católica celebra dia de oração por esta comunidade, a 24 de maio.
O Papa Francisco dirigiu hoje no Vaticano uma mensagem de “comunhão” aos católicos na China, por ocasião do dia anual de oração que a Igreja dedica a estas comunidades, a 24 de maio.
“Digo aos católicos chineses: levantemos o olhar para Maria, nossa Mãe, para que nos ajude a discernir a vontade de Deus a respeito do caminho concreto da Igreja na China e nos ajude a acolher com generosidade o seu projeto de amor”, declarou, após a recitação do Regina Coeli, na Praça de São Pedro, perante milhares de pessoas.
A intervenção acontece num momento em que se verificam sinais de aproximação entre o Vaticano e Pequim.
Francisco disse que a Igreja Católica vai estar unida “espiritualmente” aos fiéis da China na festa da Virgem Maria, Ajuda dos Cristãos, venerada no Santuário de Sheshan, em Xangai.
“Maria encoraja-nos a oferecer o nosso contributo pessoal para a comunhão entre os crentes e para a harmonia de toda a sociedade. Não nos esqueçamos de testemunhar a fé com a oração e com o amor, mantendo-nos abertos ao encontro e ao diálogo, sempre”, concluiu.
Francisco foi o primeiro Papa a sobrevoar o espaço chinês, em agosto de 2014, tendo nessa ocasião enviado duas mensagens ao presidente Xi Jinping, pedindo que Deus abençoasse o país asiático.
O regime de Pequim criou em 1957 a Associação Patriótica Católica (APC) para evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.
O Vaticano considera ‘ilegítimos’ os bispos que receberam jurisdição da APC, sem autorização do Papa, e a comunidade fiel à Santa Sé vive de forma clandestina.
No encontro desta manhã, Francisco recordou ainda a importância do “mandamento” do amor a Deus e ao próximo, deixando uma saudação ao grupo do Colégio de São Tomás, em Lisboa, presente no Vaticano.
G.I./Ecclesia:OC