No Encontro de ontem, com a comunicação social, a propósito do 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, D. Ilídio deu a “boa notícia” de que a Diocese vai ter no seu Presbitério mais três novos sacerdotes, “jovens com muitas qualidades, que vão trazer ao Presbitério muita alegria”.
A “escassez” de vocações sacerdotais foi o tema que mais mobilizou as perguntas dos jornalistas, havendo uma que perguntou a D. Ilídio, perante o anúncio, se era “caso para dizer aleluia, ou ainda não”.
D. Ilídio respondeu que a Diocese “começa a sentir a falta de sacerdotes, apesar de sermos privilegiados, em relação a outras dioceses”.
Nos dez anos a seguir ao Sínodo Diocesano “e já vamos no segundo”, lembrou D. Ilídio, “a Diocese mudará completamente, em relação à paroquialidade”. Por isso, as Unidades Pastorais propostas pelo Sínodo são “absolutamente urgentes”. Onde agora há três ou dois sacerdotes, ficará apenas um, para as mesmas paróquias. Numa Unidade Pastoral, três sacerdotes, com uma equipa de doze leigos, poderão programar, planear e orientar as comunidades”, abrindo-se à corresponsabilidade, num exercício de fazer sentir a todos que são Igreja e têm uma missão a realizar, explicou D. Ilídio.
Vincou mesmo que este caminho já estava contido nas propostas do próprio Concílio Vaticano II e que o Papa Francisco está a querer que seja concretizado no “modo de ser Igreja”.
Lembrando o contributo dos sacerdotes, mesmo depois de dispensados da paroquialidade, D. Ilídio disse que “os padres só se reformam um dia depois de morrerem”. “Ai de mim, se os padres se reformassem aos 65 anos, ou mesmo aos 75!”, concluiu.
“Daqui a oito anos, teremos cinquenta párocos”, prevê D. Ilídio, para as 208 paróquias, que hoje estão confiadas a noventa e um, com uma média de idade de sessenta e seis anos. “A quem tem mais de oitenta anos, não pedirei mais” disse D. Ilídio, recordando que até essa idade, mesmo dispensados de responsabilidades paroquiais, muitos sacerdotes poderão continuar a dar colaboração aos párocos.
D. Ilídio mostrou aos jornalistas a importância da colaboração de outras dioceses de África e do Brasil, que já têm cinco sacerdotes a trabalhar na nossa diocese, esperando-se mais um, em Setembro, vindo também do Brasil.
G.I.