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O presidente do Conselho Pontifício da Cultura (CPC), da Santa Sé, disse hoje que a mensagem de Fátima é “de paz”, “pelos últimos” e para os “novos pastorinhos”, os que encontram “túmulos de água” no Mediterrâneo.
“É uma mensagem de vida, uma mensagem pela paz, uma mensagem pelos últimos, para novos e tantos «pastorinhos» que estão no mundo e que são, por exemplo, as crianças que vêm da África para a Europa e tantas vezes encontram túmulos de água no mar mediterrâneo”, disse o cardeal Gianfranco Ravasi aos jornalistas.
O presidente do CPC fez a conferência de encerramento do Congresso Internacional promovido pelo Santuário de Fátima e pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, que durante quatro dias analisou o tema ‘Pensar Fátima’.
Para o cardeal italiano, é necessário ir além do conhecimento vago da mensagem de Fátima, transmitida numa aparição, afirmando que se trata sobretudo de uma “mensagem de vida, uma mensagem de paz”.
D. Gianfranco Ravasi sustentou que “um grande contributo para o conhecimento da mensagem de Fátima foi dado pelo Papas.
“O último, Papa Francisco, fez de tal forma que os que sabiam vagamente sobre o que era Fátima, soubessem mais em concreto”, recordou.
“Temos de fazer com que a mensagem de Fátima seja proposta também aos indiferentes, aos que não creem para provocar a consciência, e aos crentes para estejam prontos a colocar-se ao serviço da justiça, da verdade, da paz e da oração, reencontrando a união da alma com o mistério, com o divino”, afirmou.
O presidente do CPC considera Fátima uma “espécie de semente que é colocada no terreno da história”, cheio de pedras “manchadas pelo sangue da história”, tanto o das guerras mundiais, como o da atualidade.
“A palavra de Fátima é uma palavra contra o mal, contra o pecado, contra a violência e uma palavra sobretudo de luz, de esperança, de paz, de compromisso por parte de todos os cristãos e de todos os homens e mulheres por um mundo diferente”, sustentou em declarações aos jornalistas.
Durante a sua conferência, o cardeal Gianfranco Ravasi defendeu que a mensagem transmitida há 100 anos na Cova da Iria mantém um caráter profético, centrado no “regresso a Deus”.
O cardeal italiano, ‘ministro’ da Cultura do Vaticano, apresentou uma conferência intitulada ‘Fátima como promessa’, no Centro Pastoral Paulo VI.
“Fátima continua a ser uma proclamação de fé num mundo secularizado, um anúncio de paz num mundo atormentado pelas guerras, uma escola de pobreza e simplicidade em que a escolha do último é prioritária e também uma escola de valores perante uma sociedade indiferente”, referiu
D. Gianfranco Ravasi apresentou o “valor permanente” da mensagem de Fátima a partir de duas categorias bíblicas, a “profecia”, como “interpretação teológica do presente” num jogo de luz e sombra, e a “promessa”, numa mensagem de esperança.
A intervenção sublinhou que em Fátima há um “diálogo” entre Deus e humanidade, que produz um discurso teológico e antropológico, nos quais se manifesta “a promessa de um mundo novo, segundo o coração de Deus”.
Esta promessa, acrescentou o cardeal italiano, concretiza-se em “quatro escolhas vitais”: a conversão, a reparação, a paz e a oração.
Para D. Gianfranco Ravasi, o santuário português, “uma das maiores metas de peregrinação cristã”, surge como contraponto a uma sociedade “frenética, mas desorientada”.
O Congresso Internacional ‘Pensar Fátima’ foi um evento de teor científico e académico no qual foram estudadas várias dimensões, em perspetiva interdisciplinar: Teologia, Sociologia, Psicologia, Cultura, História, Arte.
G.I./Ecclesia:OC/HM/PR

CategoryFátima, Igreja, Pastoral

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