País assinala festa nacional em clima de tensão.
A Comissão Justiça e Paz dos bispos católicos na Venezuela, que hoje celebra a sua festa nacional, denunciou em comunicado a “gravíssima” situação de “violação” de Direitos Humanos e “liberdades democráticas” no país.
A crise venezuelana foi recordada pelo Papa no Vaticano, este domingo, defendendo uma saída “pacífica e democrática” para a atual crise política no país sul-americano.
“Faço um apelo para que se coloque um ponto final na violência e se encontre uma solução pacífica e democrática para a crise”, disse, após lembrar que a 5 de julho se celebra a festa da independência da Venezuela.
Mais de 70 pessoas morreram, desde abril, na sequência de protestos anti e pró-governamentais.
“Asseguro a minha oração por esta querida nação e manifesto a minha proximidade às famílias que perderam os seus filhos nas manifestações públicas”, sublinhou o Papa.
Em finais de 2016, o Governo e a oposição na Venezuela encontraram-se para conversações mediadas pela Igreja Católica, com o empenho particular do Papa Francisco, mas a situação política e social do país degenerou deste então.
A Santa Sé considera que a Assembleia Constituinte promovida pelo governo venezuelano coloca em risco a democracia neste país.
A Conferência Episcopal da Venezuela, através da Comissão Justiça e Paz, denunciou a “repressão” dos manifestantes que exigem o “restabelecimento da ordem constitucional”, num momento em que o presidente Nicolás Maduro e o sistema judicial têm esvaziado de poder o Parlamento, onde a oposição se encontra em maioria.
G.I./Ecclesia:OC