Na sua simplicidade e profundidade, a oração do Terço tem permanecido, ao longo dos séculos, como uma das orações pessoais e comunitárias mais praticadas no dia a dia.
Nas paróquias de Esmolfe, Ínsua e Trancozelos, os fiéis têm várias oportunidades para a meditação do terço em comunidade.
Diz o povo que o que temos de mais certo na vida é a morte, não escolhendo ricos ou pobres, velhos ou novos, sábios ou analfabetos. Apesar de convivermos de perto diariamente com esta realidade, sabendo-a como certa para todos, continua a ser um dos temas de conversa mais difíceis, uma das situações com que menos sabemos lidar, um dos medos que nunca nos abandona. A dor de perder a presença física de alguém que nos é próximo, filho, mãe, pai, avô, avó, ou um amigo, é sempre motivo de grande dor.
Na tentativa de reconfortar nessa dor, de trazer e devolver a esperança a quem se encontra de luto, e a pedido de alguns paroquianos, o Pe. José António celebra pelas 15h da primeira quinta feira de cada mês, na Igreja da Misericórdia de Penalva do Castelo, a oração do “terço e luto como caminho da esperança”. Cerca de 3 dezenas de pessoas meditam os mistérios do terço e a oração dos 10 mandamentos para quem está de luto. Faça frio ou calor, os mistérios do terço são meditados ao cair da noite, no terceiro sábado de cada mês. Muitos são os devotos de Maria, que se deslocam à Gruta da Senhora de Lourdes, na Paróquia de Ínsua, para meditar os mistérios do terço pedindo a intercessão da Mãe pelas suas intenções, pelos doentes, pelos jovens e crianças, pelos idosos e por tantas outras intenções invocadas pelo pároco.
No quarto sábado, a meditação do terço faz-se aos pés da Cruz Luminosa, também designada Cruz de Amor, Cruz da Ressurreição, Cruz Gloriosa ou Cruz da Nova Evangelização, que se encontra no Penedo dos Mouros, na paróquia de Esmolfe.
A devoção do Rosário é uma das devoções mais pedidas nas aparições de Fátima; Nossa Senhora pediu que “rezem o Terço todos os dias”. Por isso, a comunidade de Esmolfe reza diariamente o terço desde há 65 anos, ao cair da noite, invocando a Mãe do Céu.
À semelhança do que aconteceu em 24 de maio de 2016, em outubro de 1952 a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, percorreu a Diocese de Viseu, passando também na Paróquia de Esmolfe. O sacristão de então, pediu ao pároco (Padre Eduardo) autorização para que se rezasse diariamente o terço na Igreja. Aceite o pedido, a devoção iniciou-se 2 de fevereiro de 1952, dia da Senhora das Candeias, e, até hoje, a comunidade de Esmolfe reza todos os dias o terço a Nossa Senhora, num sinal de grande devoção a Maria nas Paróquias de Esmolfe, Ínsua e Trancozelos.
G.I./Um paroquiano local