Como a notícia já consta em todo o lado, passo a tornar pública esta Nota que, assim, faço conhecida e acessível a todos os membros da nossa Igreja de Viseu.
Amo muito a Igreja de Jesus Cristo. Nela nasci, nela estou integrado e dela sou parte. Sirvo-a, em Viseu. Daqui, de Viseu, estou em comunhão com o Papa Francisco e, nele, com todos os Bispos e com todos os Cristãos, meus irmãos e, ao mesmo tempo, estou corresponsável com a missão universal da Igreja – o anúncio de Jesus a todas as pessoas e em todas as situações.
Neste momento, ainda que, sem o merecer, sem ser digno e sem grandes qualidades e merecimentos humanos, intelectuais e espirituais que me ‘apresentassem’, sirvo esta Igreja, como Bispo, desde há 11 anos.
Devo tantas graças a Deus e aos meus irmãos: no Episcopado – lembro todos os membros da Conferência Episcopal – e no presbitério desta mesma Igreja de Viseu! Estes – uns e outros – ajudaram-me nas minhas dificuldades e foram, sempre, muito compreensivos nas minhas falhas… Devo tanto, também, a todas e a todos: família, religiosos e outros consagrados, diáconos e leigos desta Diocese… A todos procurei servir como pude; a todos peço compreensão pelo que não fui capaz de ser e de fazer… Por todos rezo e ofereço a minha vida…
Enquanto Deus o quiser, vou continuar a servir e a amar, dedicando as minhas capacidades e forças, a esta mesma Igreja e, nela, a todos os meus amados irmãos.
Ser Bispo, numa Diocese, é grande missão e grande responsabilidade. Precisa-se sabedoria, saúde, prudência e capacidade para gerir toda a vida, em comunhão e em corresponsabilidade com os Sacerdotes, com os Religiosos, com os Diáconos e com os Leigos, propondo, a todos, a participação em que cada um se sinta bem, como cristão e como membro da Igreja e sinta ser mais-valia, dando contributo válido a todos.
Sinto que, desde há 7 anos – mas, sobretudo, desde há 3 anos – não estou capaz de dar o contributo que o Bispo deve dar… Porque sou um de entre todos vós – sou padre da diocese de Viseu – tenho mais dificuldades em “esconder” todos os meus problemas que dificultam o serviço – alegre, agradecido e capaz – que vós me pedis e com o qual tendes todo o direito de contar.
Assim, pedi há 3 anos e renovei há alguns meses que o Santo Padre, o Papa Francisco, me dispensasse do serviço de Bispo diocesano. Há poucos dias, o Santo Padre aceitou e mandou iniciar o Processo para a minha substituição.
Agradeço muito ao Santo Padre Francisco, por Quem rezo e vivo em comunhão. Agradeço muito a todos os Padres, Religiosos, Diáconos e Leigos, da Diocese de Viseu. Agradeço muito à minha Família e a todas as pessoas que, porventura, estejam surpreendidas ou, até mesmo, não concordantes com esta decisão.
Quero afirmar que, do nosso próximo Bispo desta nossa Diocese de Viseu, serei um irmão e amigo, obediente e seguidor. Para a maior glória de Deus e para bem da Igreja! AMEN!
VISEU, 25 de Setembro de 2017
Bispo Ilídio Pinto Leandro