Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Semana dos Seminários de 12 a 19 realça a importância da família no surgimento das vocações sacerdotais.

“Fazei o que Ele vos disser”. Este é o tema da Semana dos Seminários promovido pela Igreja Católica para o ano de 2017, que parte da passagem do Evangelho sobre as bodas de Canã. Em Portugal, as 20 Dioceses assinalam o acontecimento com diversas atividades que visam aproximar as comunidades a estas instituições que formam jovens na vida cristã acompanhando-os no passo seguinte, até ao sacerdócio.
O Seminário Maior de Nossa Senhora da Esperança, em Viseu, irá abrir as suas portas, uma vez mais, às comunidades e às famílias, seguindo na linha do que está descrito no programa pastoral diocesano para 2017-2019 que desenvolve o tema ‘Família, Berço De Deus Para A Humanidade’. De acordo com a equipa do Seminário de Viseu, liderada pelo reitor Cónego António Jorge, é apresentada a paráfrase: ‘O Seminário Na Família, Berço de Deus Para A Realização Da Tua Humanidade’.
No documento que expõe o programa pastoral diocesano e a que o Jornal da Beira teve acesso, é referido que “a provocação subjacente a esta paráfrase do tema diocesano é a de o Seminário sair ainda mais das suas “quatro paredes”, fazendo-se, para isso, convidado das Famílias que têm sobretudo filhos rapazes, indo ao seu encontro para responder às inquietações dos pais quanto ao futuro dos filhos, sensibilizando estes para as surpresas que se escondem na possibilidade de vir a ser padre diocesano. A reflexão diocesana tem objetivado que a Família pode ser uma daquelas periferias existenciais da qual a pastoral é chamada a aproximar-se, através dos seus diversos serviços, dinamismos e movimentos que lhe dizem respeito”.

Papel formativo

A propósito da Semana dos Seminários, o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, D. António Augusto de Azevedo, sustenta que esta atividade constitui “uma ocasião privilegiada” para dar valor ao papel formativo dos seminários. O Bispo auxiliar do Porto refere que “no nosso tempo os seminários representam um sinal da esperança para a Igreja e para o mundo porque aqueles que neles se formam em ordem ao ministério sacerdotal serão expressão da presença de Jesus Cristo, o esposo sempre fiel que também hoje quer encher de misericórdia e alegria a humanidade que não desistiu de amar”.
O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios desafia mesmo todos os católicos a terem maior consciência da “importância do seminário como lugar indispensável para a formação dos futuros pastores da Igreja”, confirmando que “o Seminário é tempo de estar com Jesus e de aprender com Ele a viver no meio das realidades do mundo; é tempo para exercitar a escuta e aprofundar o discernimento acerca da vontade de Deus; é tempo de cultivar um coração dócil, livre e generoso para o serviço de Deus e dos irmãos; é tempo para descobrir o estilo mariano da evangelização que valoriza a proximidade, a ternura e o afeto”.
Por fim, D. António Augusto de Azevedo apela para que os seminários sejam “comunidades onde se formam verdadeiros discípulos missionários e contribuam para que a Igreja se torne uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos, e torne possível o nascimento de um mundo novo”.

Reflexo da vitalidade cristã

As celebrações que acontecerão no Seminário Maior de Viseu e nos seminários maiores das outras 19 Dioceses nacionais vão centrar-se nos documentos criados para o efeito (caderno celebrativo, esquemas das catequeses para a Infância e para a Adolescência, reflexões, músicas, orações, pagela e cartaz) que foram desenvolvidos, pela primeira vez, pelo Seminário Episcopal de Angra em estreita colaboração com a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.
Na mensagem de D. João Lavrador, Bispo de Angra e Ilhas dos Açores, para esta Semana dos Seminários, centro da ação a realizar, é enaltecido o papel do Seminário Maior de cada Diocese, que é analisado como um “reflexo da vitalidade da vida cristã” que ali acontece. O Seminário é entendido, refere D. João Lavrador, como um sinal que manifesta que “a tarefa evangelizadora da Igreja que se realiza em cada família, em cada comunidade paroquial, em cada grupo e em cada movimento, tem de integrar o objectivo vocacional que se revela no encontro de cada jovem com Jesus Cristo que na intimidade interpela, chama e envia”.
Noutro prisma, o Bispo de Angra, lembra o papel importante da Família na tomada de decisão de um jovem em querer entrar no seminário e prosseguir na camihada até ao sacerdócio. “São já cerca de duas dezenas de jovens que no seio da família, no contexto da escola e no ambiente da comunidade paroquial, ajudados por alguns sacerdotes, vão discernindo o que Jesus Cristo quer de cada um de modo a responder¬Lhe generosamente na missão que o Senhor lhe indica”, referiu.
D. João Lavrador exorta os sacerdotes a dedicarem um tempo especial às comunidades, nesta semana, sobretudo junto dos jovens, de forma a contribuírem para a promoção vocacional. Ao mesmo tempo, lembra o importante papel que os párocos, os catequistas e os professores de Moral e Religião Católica desempenham nessa primeira abordagem à vocação dos jovens. Mas, sustenta, que são sobretudo as famílias as que “devem sentir esta semana como uma oportunidade para ajudarem os seus filhos a descobrirem a vontade de Jesus Cristo acerca de cada um deles”, conclui.

G.I./J.B.

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