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O 4.º Encontro Nacional de Leigos, que se realizou em Viseu, nos dias 17 e 18 de novembro, foi um momento de união e de despertar nos cristãos a necessidade de construírem uma sociedade melhor.

Ao longo das diversas intervenções que aconteceram na sala de congressos da ExpoCenter na manhã de sábado (18), ficou patente, entre os conferencistas, o desejo de transmitir aos cerca de 500 participantes essa vontade que intrinsecamente deve vir de nós, na união do dever cristão.
No lançamento dos trabalhos, Alexandra Viana Lopes, presidente da Conferência Nacional das Associações de Apostolado dos Leigos (CNAL), lembrou que os leigos devem comungar juntos, na procura de um conhecimento pessoal e coletivo e de uma “estima recíproca para construir uma sociedade melhor”. A dirigente chamou a atenção para “para a amizade e para o amor”, estimulando em cada um dos cristãos e dos leigos a “comunhão entre todos” e “a força” do que une “superior” ao que divide. “Só a comunhão abre caminhos amplos para servir a pessoa inteira e construir uma sociedade melhor”, sintetizou.
Também D. Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, insistiu na ideia de um “despertar para um empenho conjunto de todos os leigos”, que contribua para a “transformação e a santificação” da sociedade e do mundo. “O tema deste Encontro [Este é o Tempo] vem lembrar-nos isso e despertar para um empenho conjunto, na comunhão da diversidade das vocações e condições de vida, dos ministérios e dos carismas, dando cada um o seu próprio contributo para o alcançar”, disse o Bispo auxiliar de Lisboa, que confirmou que “este é o tempo de assumir esta missão, é o tempo de levar o Evangelho ao mundo”.
Em busca da esperança, da beleza e do universo
Durante a manhã, o grande tema [A esperança que trazemos em nós] foi aprofundado por especialistas vindos dos Estados Unidos da América (EUA) e de Itália, concretamente Marisa Cristina March (cosmologista da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia – EUA) e Paolo Galardi (sacerdote e conselheiro espiritual do Centro Aletti, Roma).
Marisa Cristina March focou a sua intervenção na redescoberta do universo partindo da visão bíblica. “Nós não vivemos num universo estéril, vazio, solitário, vivemos num universo em que Deus entrou, em que Deus montou a Sua tenda connosco”. A cosmologista referiu que o universo só encontra o seu verdadeiro significado em Deus, e solicitou que “cada pessoa encontre o seu “verdadeiro sentido e identidade em Deus”.
Paolo Galardi abordou a esperança numa perspetiva de procura de um caminho para a felicidade. “Na Igreja continuamos a esperar o sucesso, os números, o fruto das nossas obras. Esperamos que as nossas associações cresçam, esperamos que o nome de Cristo seja reconhecido nos nossos ambientes de trabalho”, alertou o sacerdote. De acordo com Paolo Galardi, “a nossa esperança não é otimismo, não consiste em viver confiando numa deusa da sorte que talvez faça girar as coisas a nosso favor”. Nesse sentido, o sacerdote e conselheiro espiritual referiu que “se as nossas esperanças são tão pobres e frágeis que se perdem no caminho, é porque ainda trabalhamos para nós mesmos, e esperamos as nossas ideias”.
O segundo grande tema da manhã [O trabalho pela justiça e pela paz] foi explorado por François Huguenin, historiador e ensaista francês (Paris), por Frankie Gikandi, diretora do Kimlea Technical Center, em Nairobi (Quénia), e por Carlos Palma Lema, coordenador mundial da Living Peace International (Porto).
François Huguenin atendeu à concretização de uma aposta claramente cristã na política, confirmando que, dessa forma, “há lugar para uma outra visão do mundo e da política”. Já a africana Frankie Gikandi, voltou a trazer para o debate público a questão da pobreza em África e da “necessidade de se combater cristãmente” essa situação. Por seu turno, Carlos Palma Lema, chamou a atenção para a necessidade de se “educar para a fraternidade e para a paz”, e de assumir o papel cristão na responsabilidade civil.
Da parte da tarde, diversos locais de Viseu receberam vários ateliês temáticos. O 4.º Encontro Nacional de Leigos terminou com a celebração de uma Eucaristia na Sé de Viseu, presidida pelo Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro.

G.I./J.B.:PBA

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