Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

“Celebramos S. Teotónio, Padroeiro do Hospital, da cidade de Viseu e da Diocese. Que ele, como nosso Padroeiro, nos ajude a viver a Quaresma que estamos a iniciar e nos faça sentir a importância da Páscoa, a Celebração maior do Ano Litúrgico”, recordou D. Ilídio na celebração a que presidiu hoje, na Catedral.
À tarde, D. Ilídio presidiu também, no Hospital de Viseu, a uma celebração festiva do seu Padroeiro.
“Nasceu em 1082, no concelho de Valença do Minho e morreu em 1162, no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Foi ele que o fundou, com 11 companheiros, no qual foi o 1º Superior. É o primeiro Santo português, tendo vivido e morrido com fama de santidade. Foi canonizado em 1163, um ano depois da morte”, sintetizou D. Ilídio, biografando S. Teotónio.
“Na ausência de Bispo em Viseu – período da reconquista – ele foi Prior da Sé e Administrador Apostólico da Diocese, […] insigne Pastor, distinguindo-se pela inteligência, pela atividade pastoral, pela bondade e por grande e nobre ação, sobretudo junto dos mais pobres e simples do seu tempo. Pode, até, considerar-se o pioneiro e o inspirador dos Fundos Sociais de Solidariedade, organizando bolsas para pobres, concretamente, para jovens universitários. Neste ano em que vai celebrar-se o 1º Sínodo dos Jovens, S. Teotónio cuidou muito bem dos jovens estudantes, ajudando-os a superar dificuldades no acesso aos estudos e a situações de liberdade”, acrescentou, realçando os traços biográficos do Padroeiro da Diocese, da Cidade de Viseu e do seu Hospital.
“Pela sua grande humildade, recusou o episcopado, em Viseu e em Coimbra. Porém, dado o seu reconhecido valor, foi um dos aliados e muito próximos de D. Afonso Henriques e um dos seus principais conselheiros”, lembrou aos ouvintes.
“Neste 1º Domingo da Quaresma, a Igreja lembra-nos a Aliança que temos com Deus, consagrada e assumida no Batismo e que nos aponta o Reino de Deus como a Meta que queremos alcançar.
“Ao celebrar o Padroeiro, celebramos a Igreja de Viseu, em comunidade e em caminho e, sobretudo, celebramos a Igreja que somos chamados a ser, vivendo a clarividência, a intensidade de vida e a caridade pastoral que animaram S. Teotónio”, afirmou D. Ilídio, orientando a sua homilia para recordar as decisões sinodais:
“O Sínodo Diocesano deu-nos nova organização, mais e melhor comunhão eclesial, consciente corresponsabilidade entre todos: sacerdotes, religiosos e leigos. Nada melhor que inspirar-nos no nosso Padroeiro. Ele apresenta-nos o caminho que viveu e anunciou. Os tempos eram diferentes e a leitura a fazer hoje deve ter em conta a realidade atual. Porém, as fontes onde ele bebeu e aprendeu o amor profundo à missão, vivida na humildade e no espírito de serviço, são as mesmas. Teotónio, vivendo a humildade na procura da vontade de Deus, como diz Ben-Sirá, santificou-se pela leitura, vivência e pregação da Palavra de Deus e pelo amor concreto e dedicado a todos, de forma especial, pobres e doentes.”
“Programa simples, desafio para a renovação a fazer nas atividades eclesiais. Quando precisamos de planear, programar e avaliar a ação pastoral e, sobretudo, quando nos interrogamos sobre o caminho e os métodos, meditemos, rezemos e deixemo-nos inspirar pela Palavra de Deus…”, propôs D. Ilídio, recordando que “Jesus é o Senhor da Igreja. Não está ultrapassado nem tem sucessor! A Igreja é d’Ele e o Reino de Deus, que a Igreja acolhe e anuncia, é Ele próprio. Ele é o mesmo: ontem, hoje e sempre. É a Cabeça e a forma de todo o Corpo. É a Mensagem e a Boa Nova, a viver e a anunciar. É o Alimento, a Verdade e o Caminho. Jesus dá-nos o E. Santo – a Luz que nos conduz”.
Apelando à “escuta atenta da Palavra de Deus, na participação e na corresponsabilidade”, recordou que “é a pastoral de comunhão que nos dá a mentalidade de irmãos porque filhos de Deus Pai, animados pelo Seu Espírito e seguidores de Jesus, vivendo a fraternidade”.
“Esta é a proposta de organização da Igreja de Viseu: todos – leigos e consagrados, diáconos, sacerdotes e bispo – todos discípulos e seguidores do Mestre. Jesus é a nossa Esperança e Quem propõe a conversão e a mudança de estilo, de mentalidade e de vida como caminho de felicidade e de realização plenas. Deste modo, somos cristãos em todas as periferias da Igreja – famílias, paróquias, mundo do trabalho, em todas as áreas da vida”, concluiu, recordando ainda que “ninguém de nós é solução última para a Esperança que todos buscamos e precisamos de encontrar, viver e anunciar. Seremos, todos, parte da solução, se aprendizes de fraternidade, como Presbitério, catequistas e animadores de Comunidades vivas, como famílias autênticas, nas dimensões de Paróquia, do Arciprestado e da Diocese. Nunca esquecendo que há um único Mestre, um único Pai, um único Salvador…”

G.I.

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