Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Continuamos a divulgar a entrevista de D. António Luciano ao Jornal da Beira da semana passada.
Perguntado sobre a ideia que tem da Diocese de Viseu, D. António Luciano respondeu:
– Tenho estado a ler os dossiês, mas só quando cá entrar é que terei um maior conhecimento. Do tempo que estive por cá [enquanto professor no Instituto de Teologia] tive sempre uma imagem muito boa, de uma Diocese muito colaborante. Estou com esperança e com expetativa que esta Igreja de Viseu seja um sinal positivo na Igreja em Portugal. Recordo bons momentos e recordo-me bem quando estive aqui no Seminário, em que fui professor, em que ali ficava, tomava as refeições, convivia com os padres, e também na Universidade Católica, onde também dei aulas aos cursos de Gestão e de Serviço Social, de Medicina Dentária, mas também da relação com os professores e com outras instituições.

A prioridade de D. António Luciano para a Diocese “assenta num caminho que vós estais a fazer, que é o percorrer de um Sínodo que deu orientações, procurar levá-las à prática, aplicando-as a situações concretas e com inovação. Depois de conhecer o Sínodo, o Espírito Santo fará o resto, porque Ele todos os dias nos assiste. Todos dos dias me entrego a Ele, peço que me assista, que me dê a sabedoria e a fortaleza para fazer aquilo que é o melhor bem: dar glória a Deus e promovermos o bem comum tão necessário, porque hoje há tanta gente tão fragilizada nas periferias, abandonada na solidão, na pobreza. Sei que a Cáritas Diocesana tem correspondido bem, mas tivemos o flagelo dos incêndios e isto deixa marcas. Há feridas que só o grande amor de Deus cura, mas também o tempo que significa a nossa paciência perante as pessoas e os acontecimentos, tentando responder com realidades que sejam concretas, porque quando as pessoas precisam de pão, não o podemos negar”, afirmou.

E continuou lembrando:
O meu lema é: seja feita a Tua vontade e complementa-se quando rezamos: Venha a Vós o Teu Reino, seja feita a Tua vontade, dai-nos o Pão de cada dia. Quando pedimos o pão de cada dia estamos a pedir a Deus os maiores bens para a nossa vida. Mas os maiores bens não significam que são os que ambicionamos, são os que Deus acha que são os melhores para correspondermos à sua vontade e sermos felizes. Aqui também temos que conhecer a realidade, porque vós sabeis, tão bem quanto eu, que a Cáritas, as Conferências de São Vicente de Paulo ou os movimentos de solidariedade partilham bens com pessoas que, às vezes, não os aproveitam.

Recordando a missão da Igreja, D. António Luciano afirmou, apelando à responsabilidade dos leigos:
– A missão da Igreja passa pela ação de cada sacerdote e dos seus colaborares nos vários lugares da Diocese. Temos que estar atentos às três dimensões da Igreja: ensinar, servir e ajudar, que passa por promover e pela atitude do servir. Agora, eu não posso servir bem se não conhecer. Às vezes o tempo não chega, porque os padres estão sobrecarregados com tantas comunidades e afazeres, mas é aí que temos que ir procurar equipas de leigos que façam essa descoberta, para que depois connosco façamos esse discernimento para ir respondendo a essa solidão. Muita da solidão desaparece quando damos às pessoas essa certeza de que alguém está junto delas, de alguém que lhes quer bem, que as ama. Sei que hoje muita gente tem medo da palavra amor, mas nós temos que a viver, que a assumir e partilhar, porque o próprio Jesus nos diz: o Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida, e como é que ele dá a vida? Amando! Aquela frase do Evangelho é tão bonita: “o que fizeres ao mais pequenino dos meus irmãos é a Mim que o fazeis” [Mt, 25, 40]. Eu penso que a Igreja tem aí um campo grande ainda por explorar de ação pastoral.

G.I./J.B.:NA-EA-PBA

© 2016 Diocese de Viseu. Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento: scpdpi.com

Siga-nos: