Na manhã de hoje, D. António Luciano reuniu, no Seminário, com os sacerdotes e diáconos da diocese, num primeiro encontro geral, que ele “há muito desejava”, mas não tinha ainda sido possível.
Depois da oração da Hora Intermédia, D. António fez uma intervenção inicial justificando a data retardada deste encontro, reafirmando que “estimo muito cada um de vós, amo-vos muito”.
Desenvolvendo a razão deste encontro, baseando-se em Jo. 8, 12, D. António realçou a importância do “encontro pessoal com Cristo” para que o dia-a-dia do serviço pastoral do sacerdote e do diácono seja realizado na luz, que leva a “pôr o amor e a vontade de servir à frente da competência técnica”.
Falou, depois da importância do discernimento “à luz da Verdade do Evangelho, que é Cristo”, fazendo o “que Ele quer que eu faça”, num “estilo que me identifica com Jesus”.
Realçou ainda a importância do triplo tripé: Fé, Esperança e Caridade, cultivadas a par da liberdade, conhecimento e responsabilidade, para o exercício da missão. Alertou para o perigo de “inventarmos razões para não darmos passo nenhum” para irmos ao encontro das periferias, alegando “porque não vêm eles ter comigo?”
Desafiou os presentes a que “com coragem, honestidade e lealdade, vistam a camisola como membros de um presbitério e assinem um cheque em branco na sua entrega a Cristo”.
Apelou a que evitassem o “mundanismo espiritual, onde não há tempo para Deus, estando “presos a tudo, sem termos nada”. E esclareceu que “condicionamentos sempre os teremos; o pior é quando não os gerimos”.
Alertou para que “a unidade prevaleça sobre o conflito”.
O Vigário para o Clero, Padre António Jorge, partilhou um apontamento sobre a participação nas Jornadas Nacionais do Clero, onde esteve um grupo de dez sacerdotes, com o seu Bispo, realçando a importância da formação permanente, para trazer o “reencantamento”, combatendo o desencanto que, por vezes, se instala, quando não cuidamos de “remendar as redes” de colaboração entre os presbíteros e destes com os leigos, em verdadeira comunidade, onde todos os ministérios nascem, crescem e florescem. Daí nascerão, naturalmente as vocações que todos desejamos, se dermos testemunho de proximidade cuidadora, lembrou ele, apontando para a Semana dos Seminários, que se aproxima.
O encontro finalizou com a definição de datas e linhas de orientação para o calendário de formação permanente do clero, seguindo-se o almoço no refeitório do Seminário, continuando o clima de partilha e fraternidade. Deu conhecimento também do calendário de formação para os diáconos permanentes, definido no encontro de sábado passado.
D. Ilídio Leandro, bispo emérito de Viseu, esteve presente e, no início dos trabalhos, foi-lhe entregue por D. António Luciano uma lembrança, um “álbum de recordações” do seu ministério pastoral de 12 anos à frente da Diocese de Viseu.
G.I.