Terminando a período da manhã, foi a vez de o Cónego Miguel Abreu, com o casal Álvaro e Isabel, do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar, apontarem “o caminho diocesano da pastoral familiar”.
Foram unânimes no entender que “mais do que falar da Família, o Secretariado deverá saber “responder concretamente aos problemas das famílias, disponibilizando equipas de famílias capazes de se fazerem próximas das famílias com problemas, acolhendo-as e testemunhando o seu modo cristão de viver em família e ultrapassar as dificuldades, que também experimentam.
O casal Álvaro e Isabel centrou a sua intervenção no “percurso” que fizeram, graças a um Curso Alfa, que os trouxe da “periferia” para o interior da Igreja, que servem, assentes no sólido “tripé” – marido e esposa, com Deus. Testemunharam que “sem famílias robustas, não há jovens saudáveis”, pois a família “é essencial” para a transmissão da fé e dos valores cristãos aos filhos e netos.
Apesar de serem uma família com tempo muito preenchido, tal como outros casais do Secretariado, foram a algumas paróquias que os solicitaram e não foram a mais, porque não houve mais solicitações.
Um jovem diácono presente, no período de intervenções da assembleia, alertou para o erro pastoral de não ser prestada atenção à dimensão “catecumenal e missionária” do trabalho nas paróquias, que se centra mais na celebração dos mistérios, no pressuposto errado de que os fiéis estão evangelizados. Apontou como “experiência feliz” a prática da “catequese familiar”, na paróquia onde está a fazer o seu estágio pastoral (Orgens): 25 casais beneficiam da catequese familiar, dos quais um grupo já propõe e faz trabalho pastoral na comunidade paroquial. O Padre Américo (Molelos) também testemunhou a sua experiência com esse modelo de catequese que, apesar das dificuldades, vem resultando e “cada vez aderem mais”. Confessou que “a dificuldade está em garantir a continuidade”.
Também o CPM e o modo como concretiza a preparação para o Matrimónio, nos diferentes arciprestados, foi objecto de partilha, chamando a atenção para o modo de o concretizar junto dos jovens emigrantes, que vêm celebrar o seu Matrimónio em Portugal.
Na diocese, “dos seiscentos casamentos celebrados na Igreja, só cem foram enquadrados pelo CPM”, lembrou-se, apontando para a necessidade de “promover a preparação para o Matrimónio junto das comunidades de emigrantes” e para a importância de “valorizarmos o que temos, em vez de desistirmos, porque achamos pouco” o resultado da pastoral familiar.
Concluindo, defendeu-se que “mais que impor, importa propor”, sabendo acolher toda a gente, independentemente do “modelo” da família a que pertence cada pessoa. A pessoa deverá estar sempre no centro da acção pastoral.
G.I.