As Jornadas de Formação Teológico-Pastoral para o Clero, que terminaram ontem, centraram-se na pastoral familiar, olhando para as “urgências da Família” e para “a emergência da Juventude”.
A primeira comunicação, pronunciada pelo Padre Virgílio Rodrigues, Vigário da Pastoral, começou por elencar dificuldades que se registam no trabalho pastoral para as famílias e com as famílias. Mas o orador mostrou que essas dificuldades “não nos devem demitir de trabalhar e buscar inovação e actualidade, aproveitando todas as oportunidades para colocar a Família no coração da Igreja”, parafraseando o Papa Francisco.
Apontando as preocupações do Papa Francisco expressas no Encontro Mundial de Famílias, na Irlanda, o Padre Virgílio realçou o papel da Família na transmissão da fé, ainda “antes de ser estudada na catequese”. A “exiguidade” das famílias pode ser uma dificuldade, quando se quer “mostrar a beleza da maternidade aos jovens”.
Acresce ainda que a solidão e isolamento dos idosos “diminui o cuidado e aumenta a insensibilidade à proximidade e disponibilidade”. Realçando a importância do papel dos avós, recordou que o Papa lembra que “a Igreja sem avós não tem futuro”, apelando à “aliança de gerações” como “tesouro de experiência e sabedoria”.
O Padre Virgílio recordou também que o Papa Francisco insiste na importância do “bom acolhimento e bom trato, sem preconceitos em relação a situações complexas” que aprecem nas comunidades paroquiais e devem ser cuidadas “com sentido de oportunidade e sem medo de arriscar”.
O uso das novas tecnologias de comunicação também foi realçado como ferramenta de pastoral, no contacto de proximidade com as famílias e entre as próprias famílias, formando grupos de partilha.
G.I.