Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Proporcionamos uma síntese da homilia que D. António Luciano proferiu nas celebrações do Domingo de Ramos:

(…) Contemplar a Cruz e o crucificado, neste domingo de Ramos, dá-nos alento e fortaleza e convida-nos a todos a centrar a nossa vida no mistério da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

(…) São Paulo na segunda leitura lembra que “Jesus que era de condição divina… fez-se Servo, por isso Deus o exaltou e lhe deu o nome que está acima de todos os nomes”. ”Hão de olhar para Aquele que foi trespassado”. O Evangelho lembra-nos as palavras de Jesus: “Desejei ardentemente comer convosco esta Páscoa”. Depois, tomando o pão disse: “Isto é o meu Corpo entregue por vós, fazei isto em memória de Mim. Depois tomou o Cálix, abençoou-o, entregou-o e disse: fazei isto em memória de Mim”. Jesus entregou-se por nós, para termos a vida em abundância. As suas palavras enchem-nos de mais confiança em Deus.

(…) As palavras de Jesus convidam-nos à oração e ao silêncio, a escutar e a meditar:

(…) Deus falou-nos… ficou no nosso coração um sentimento de amor entregue até ao fim, o que significa amar sempre; uma profunda gratidão, porque Jesus o Filho de Deus, que passou a Sua vida a “fazer o Bem”, nos deu uma grande lição de humildade, de aniquilamento e de obediência à vontade do Pai. “Faça-se a tua vontade, não a minha”. Aceitou por nós, livremente, a humilhação do sofrimento, de uma condenação inocente; experimentou a dor e a morte para nos dar a vida em plenitude, salvar a humanidade e abrir-nos, de modo definitivo, a porta do Céu. Por Cristo já estamos salvos; agora falta-nos a nós fazer o resto, como afirma São Paulo: “completo na minha carne, aquilo que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu Corpo que é a Igreja”. Isto requer de cada um nós fé, conversão, compromisso apostólico e fidelidade à vocação.

(…) O Compromisso com Jesus Cristo, Salvador e Redentor da Humanidade, torna-se presente hoje de um modo especial para a vida dos nossos jovens, chamados pela Igreja a celebrarem hoje nas suas comunidades o “DIA MUNDIAL DA JUVENTUDE”, com o lema: ”Eis a Serva do Senhor, faça-se em Mim, segundo a Tua Palavra”. Este evento juntou no passado mês de Janeiro de 2019, no Panamá, uma representação de jovens do mundo inteiro, para viverem um Jornada em ambiente festivo e de ação de graças, continuando o caminho iniciado pelo Sínodo de outubro passado, realizado em Roma, com o tema: “Os jovens e o Discernimento Vocacional”.

“Muitos jovens são capazes de aprender a amar o silêncio e a intimidade com Deus” (CV 224). A Exortação Apostólica “Cristo Vive”, dirigida aos Jovens e a todo o Povo de Deus, foi publicada pelo Papa Francisco no Santuário de Nossa Senhora do Loreto em Itália, no dia 25 de março de 2019. Convido-vos a centrar toda a vossa vida e oração no mistério da Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

(…) O Papa convida os Jovens a viverem a vida de Cristo e a anunciá-La com alegria aos irmãos. ”Não tenhais medo de ir levar Cristo a todos os ambientes, até às periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor”. E convida-nos a levar, sem medo, o anúncio missionário aos locais onde nos encontrarmos e às pessoas com quem convivermos: no bairro, no estudo, no desporto, nas saídas com os amigos, no voluntariado ou no emprego, é sempre bom e oportuno partilhar a alegria do Evangelho.” (CV 177).

Que em Cristo morto, mas que agora vive, porque Ressuscitou, saibamos olhar para os nossos irmãos frágeis e sofredores da Venezuela, martirizados por tantas violências, ódios e injustiças, por falta de pão, de paz e de amor. Rezemos para que, em Cristo Morto e Ressuscitado, encontrem o caminho da reconciliação, da liberdade e da paz, e que a partilha que hoje fazemos em seu favor, fruto da nossa “Renúncia Quaresmal”, os ajude a levar diariamente a sua cruz com mais fé, mais confiança e mais esperança num país melhor e que seja a “casa comum de todos”.

Que o êxodo de tantos refugiados, os sofrimentos e as dores de todos, contribuam para alcançarem brevemente a libertação desejada por todos.

Rezemos também, de um modo particular, pelo povo martirizado de Moçambique, a quem, com um peditório especial que vamos realizar no quarto domingo da Páscoa, o dia do Bom Pastor, queremos dizer que os cristãos e pessoas de boa vontade da Diocese de Viseu estão solidários com aqueles que perderam tudo e nada têm. Que em Cristo, o Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas, aprendamos nós também a fazer o mesmo, porque aquilo que fizermos aos mais pequeninos, aos pobres, aos desalojados e aos abandonados é ao próprio Jesus que o fazemos.

(…)

G.I.

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