Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

A vida é um dom inviolável. Proteger a nossa vida e a dos outros é uma responsabilidade social da qual não nos podemos alhear.

Estando a comunidade cristã a viver o tempo da Quaresma, tempo de encontro connosco, com os outros e com Deus, somos convidados a aprofundar a nossa identidade de cristãos batizados, povo que caminha em sociedade. Por vezes, neste caminho, é sobressaltado por dificuldades de vária ordem que exigem medidas proativas e ousadas na esperança.

Fomos confrontados nestes dias com a declaração de Pandemia feita pela Organização Mundial de Saúde.

Não querendo contribuir para qualquer tipo de alarmismo, mas apelando à responsabilidade social e eclesial; pondo em prática e fomentando medidas de prevenção; o Bispo, reunido com os representantes dos diversos órgãos diocesanos, além das medidas de prevenção anteriormente propostas pela Direção Geral da Saúde (DGS) [lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou algum desinfetante, antes e depois das refeições, antes e depois de ir ao wc, em lugares públicos, evitar pousar as mãos nos corrimões e maçanetas metálicas ou, pelo menos, ter o cuidado de lavar as mãos; ao tossir ou espirrar tapar a boca e o nariz com o braço ou com um lenço descartável (de papel), e deitá-lo ao caixote do lixo; evitar tocar com os dedos na boca, no nariz e nos olhos; ter alguma precaução com locais fechados e com muitas pessoas; beber muita água], e das medidas propostas pelo Conselho Permanente da CEP (comunhão na mão, comunhão por intinção dos sacerdotes concelebrantes, omissão do gesto da paz e não uso da água nas pias de água benta), decidiu para o bem de todo o Povo de Deus e pessoas de boa vontade:

– a suspensão imediata de todas as atividades da Catequese até à Páscoa;

– a suspensão da celebração das Eucaristias dominicais e feriais, entre os dias 16 e 31 de março;

* Porque a vida cristã não se interrompe, apelamos, apesar destas medidas, a que os pais, primeiros e insubstituíveis educadores na fé, continuem a acompanhar os seus filhos na caminhada catequética e que, nas famílias – Igrejas Domésticas – se viva o Domingo como momento de celebração e oração em ambiente familiar, fomentando a comunhão espiritual. Para tal se disponibilizarão subsídios no site da Diocese (www.diocesedeviseu.pt).

– que a celebração dos sacramentos do Batismo e do Matrimónio seja uma celebração digna e breve, com a família;

– que a celebração das Exéquias seja igualmente uma celebração digna e breve, com a família, não havendo o rito do levantamento do féretro e, no acompanhamento ao cemitério, omita-se o cortejo fúnebre;

– que as celebrações habituais do sacramento da Reconciliação, neste tempo da Quaresma, fiquem adiadas para tempo oportuno, salvaguardadas as devidas precauções e as situações de emergência e de pedido pessoal;

– a suspensão da visita aos doentes, não excluindo a prática da caridade cristã, valorizando as situações em que for solicitada a celebração do sacramento da Unção dos Doentes;

– a suspensão de todas as manifestações públicas de piedade popular (procissões, vias sacras e outras);

– o adiamento das iniciativas previstas no Plano Pastoral, nomeadamente as “24 horas para o Senhor”, a Recoleção Espiritual orientada pelo Bispo e a Jornada Diocesana da Juventude;

No que às Instituições Particulares de Solidariedade Social diz respeito, apela-se ao cumprimento das orientações emanadas superiormente pela Segurança Social e DGS.

Conscientes de que, apesar de tudo isto, somos responsáveis não apenas por nós próprios, mas por todos, apelamos ao bom senso de viver este tempo em prevenção, evitando os contatos sociais e todas as situações que possam ser imprudentes, dedicando-se a família, em recolhimento, a viver verdadeiros tempos de qualidade.

Fazemo-nos próximos das vítimas e das suas famílias.

Rezamos pelas autoridades, pelos profissionais de saúde e pelos que cuidam do bem estar das populações.

Citando Ermes Ronchi, “nestes nossos dias ‘sem‘ (sem celebrações, sem liturgias, sem encontros), sentimos atual a pergunta da samaritana: onde iremos para adorar Deus? Ao monte ou ao templo? A resposta é direta como um raio de luz: não sobre o monte, não num templo, mas dentro. Em espírito e verdade”.

Confiamo-nos à proteção de Deus e à intercessão da Virgem Maria, Socorro dos Enfermos.

Viseu, 12 de março de 2020.

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