A Igreja sacramento universal de salvação é mãe, mestra e educadora na fé de todos os seus filhos.
Como filhos de Deus e da Igreja nascemos para Deus nas águas da fonte batismal para possuir a vida nova que nos é dada no amor do Pai, na graça redentora do Filho o Ressuscitado e na experiência santificadora do Espírito Santo.
O lado aberto de Cristo fecundou o coração dos discípulos e encheu-os de graça, neste dom salvífico instituiu a Igreja, amou-a e deu a vida por ela, como Esposo fiel que na cruz redimiu os filhos de Deus. Como sua esposa fiel a Igreja havia de gerar novos filhos pelo Sacramento do Batismo e da Eucaristia e com a graça dos outros sacramentos e sacramentais, a ser verdadeiramente a casa do Senhor, a vinha do Senhor, o Corpo do Senhor, o povo do Senhor a experimentar a alegria de viver os desafios da iniciação cristã.
Não podemos perder o horizonte e o caminho que nos aponta o nosso lema: “BATIZADO ALIMENTA-TE NA ESPERANÇA!” Vivamos todos este dia de festa e participemos no programa que nos é oferecido via online devido à situação de pandemia em que vivemos, procurando cumprir as orientações da Direção Geral de Saúde.
A Igreja é o Povo de Deus a caminho. Peregrinos vivemos juntos a mesma fé com alegria, celebramos os sacramentos no amor, com fortaleza e caridade ao serviço de todos e cuidando especialmente dos pobres, dos doentes, dos frágeis, dos vulneráveis do mundo com “fraternidade e solidariedade” evangélica, pois todos irmãos, o povo amado e querido por Jesus Cristo.
Celebramos o dia da Igreja Diocesana de Viseu neste Domingo e toda a Diocese está convocada como família eclesial, constituída por todos os cristãos e pessoas de boa vontade que vivem nesta circunscrição eclesiástica. Como batizados servimos no apostolado a Deus e a Igreja Diocesana que nos diversos serviços, do anúncio da Palavra, a evangelização, a catequese, a liturgia, os sacramentos, os sacramentais, a vida de oração e espiritualidade, os atos de piedade e caridade formam a Igreja viva e visível neste território.
A dimensão social e consoladora do Espírito na Igreja, que está ao serviço do povo de Deus, cuida de todos nós na ação do governo com amor, ternura, carinho, respeito, dignidade e responsabilidade ao prestar contas pelo serviço de louvor a Deus e de caridade fraterna realizado com alegria e proximidade.
Eu sonho com uma Igreja que deseja fazer caminho na conversão pessoal, para alcançar a renovação pastoral. Neste tempo de pandemia com as suas consequências, desejo que os novos desafios se transformem em oportunidades pastorais na vivência da comunhão, na unidade, todos juntos como igreja, que ninguém fique de fora ou à margem, mas todos empenhados no projeto inovador e criativo da pastoral diocesana, unidos “como as cordas à lira”, uma Igreja viva envolvida em mistério de comunhão, de mãos dadas com o Bispo, os sacerdotes, os diáconos, os consagrados, as consagradas, as monjas de clausura, os missionários e missionárias, os religiosos e religiosas, os membros das Sociedades de Vida Apostólica, os membros dos Institutos Seculares, leigos empenhados na renovação das paróquias, com o testemunho cristão ao serviço das famílias, dos casais, das crianças, dos jovens a caminho da JMJ 2023, dos adultos, dos idosos, dos doentes, dos frágeis, dos deslocados, dos migrantes, de todas as pessoas de boa vontade e autoridades civis, académicas e militares que vivem no meio de nós.
Devemos ser todos uma Igreja sentinela e fiel ao Espírito Santo, viva, dinâmica e criativa em todos os setores da pastoral diocesana, a nível das estruturas de governo e de participação como as paróquias, as comunidades cristãs e de vida consagrada, as diversas vigararias, os departamentos, os secretariados, os serviços, os movimentos e obras, os grupos eclesiais da evangelização, da catequese, dos sacramentos, da espiritualidade e da caridade empenhados na realização da tríplice missão da Igreja. Uma presença forte e evangelizadora, missionária e cuidadora dos pobres, dos doentes e de todas as pessoas carenciadas do mundo de hoje.
Que sejamos uma Igreja em “saída” dirigindo-se às periferias reais do nosso meio, mas também uma Igreja de portas abertas, que acolhe e cuida de todos, verdadeiro “hospital de campanha”, onde ninguém é excluído.
Que sejamos uma Igreja que é chamada a trabalhar com as famílias, os jovens, os vocacionados e os verdadeiros cuidadores da “Casa Comum” em espírito de verdadeira “fraternidade e solidariedade social”.
Que sejamos uma Igreja a sair da pandemia muito mais criativa e inovadora seguindo caminho que nos aponta Maria de Nazaré, Mãe de Cristo e da Igreja, São José, Pai carinhoso, São Teotónio, nosso padroeiro, e Beata Rita Amada de Jesus, nossa intercessora junto de Deus.
Igreja de Viseu, faz-te ao largo e vive com esperança a tua missão de evangelização, de santificação e de cuidadora de todos os necessitados e aflitos.
Que todos os cristãos, pastores e fiéis celebremos com alegria no próximo Domingo dia 6 de junho de 2021, o ‘Dia da Igreja Diocesana’ e desde a comunidade mais simples e pequena em comunhão com as outras espalhadas por toda a Diocese, sintamos a alegria de ser o “Corpo do Senhor” reunido, a verdadeira Igreja que é “Sacramento universal de salvação”.
Confiante na bondade de Deus, imploro de Nossa Senhora do Altar Mor, a Senhora da Assunção, a Mãe da Igreja a bênção para todos aqueles que vivem nesta Diocese de Viseu.