Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Observatório Pastoral

 

Estamos no período do verão, um tempo que convida ao afastamento da vida quotidiana e a sair à descoberta de novos locais, à busca de espaços que induzem ao silêncio, à reflexão e à espiritualidade ou à procura de locais sagrados, de especial devoção. Um contexto de oportunidades para que os nossos santuários e igrejas estejam de portas abertas e facilitem, motivem o encontro do homem com Deus.

O que temos para oferecer a quem nos visita? Uma igreja fechada é um convite à indiferença, a um não voltar, como se já não tivéssemos nada para propor a quem passa. Pelo contrário, a porta aberta é um sinal de acolhimento, que pode fazer a diferença, é um convite permanente à visita, para que todos possam “saborear” a beleza das nossas igrejas. Muitos vão entrar e sair com desinteresse e frieza, mas haverá outros que sentirão a diferença do espaço, que podem despertar para uma caminhada de questionar e de (re)descoberta de Deus.

Os Santuários são espaços de relevância artística, muitos deles associados a paisagens de particular beleza, que podem atrair crentes e não crentes. Porém, se estiverem de portas fechadas dificilmente serão foco de interesse acrescido, antes pelo contrário, ocasionarão o desalento e a incompreensão para com a Igreja. Porque não aproveitar esta época para abrir as portas dos santuários e igrejas? Através de voluntários, jovens, pessoas reformadas, etc., é possível assegurar a abertura e o acolhimento dos visitantes. Se lhes for exposta a importância que podem assumir neste serviço à Igreja e a Deus não haverá dificuldades em reunir pessoas que se sintam co-responsáveis nesta missão.

Para além das portas abertas e do acolhimento é importante cuidar destes espaços: o interior limpo e organizado, as flores cuidadas e sem excessos, as toalhas brancas, etc. Esta é a casa de Deus e dos homens, tem que ser bela e tratada com amor.

Pequenos detalhes podem fazer a diferença. O sorriso do acolhimento, acompanhado por algumas informações sobre o Santuário, mais do que datas e nomes é essencial explicar o espaço como o resultado da fé de uma comunidade, expor as lendas e os milagres associados ao local, fazer referência às tradições, às festas e romarias, mostrar o património sempre associado ao seu significado e à sua função de aproximação dos fiéis a Deus.

Congregando os esforços das paróquias, com as juntas de freguesia e municípios, as associações locais e outros organismos, será possível organizar e divulgar a abertura dos santuários, difundir informação sobre os lugares e os pontos de interesse, sabendo que, mesmo não havendo retorno económico expressivo, há um retorno bem mais precioso e importante: criar oportunidades para o anúncio do amor e da beleza de Deus.

 

Fátima Eusébio,
Departamentos dos Bens Culturais
CategoryDiocese, Pastoral

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