Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Como sois bom e grande em toda a terra Senhor nosso Deus, nosso Pai e nosso Criador. Na obra da Criação contemplamos e cantamos a majestade de Deus, em todas as suas obras e na dignidade do homem sua criatura. “Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que lá colocastes, que é o homem para que Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes” (Salmo 8). O louvor da Criação é obra do Criador, cantado num hino de amor, de gratidão e de serviço em fidelidade, realizado por cada pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus.

O primeiro dia do mês de setembro é celebrado de modo especial a exaltação de toda a Criação. O “Tempo da Criação “é um ato de bênção do Criador, que nos convida a “olhar” a Terra, o nosso Planeta, como a “Casa Comum” de todos nós, onde devemos viver, sentir e experimentar a importância da harmonia, da beleza e da paz da Criação.

Perante um mundo em desequilíbrio, doente e cheio de violência, de miséria, de guerras, de morte, de destruição, de opressão, de perseguições, de terrorismo e de pecado, somos convidados a levantar o nosso olhar para o alto e a implorar do Criador, uma bênção para toda a Criação. Lembra o livro do Génesis: “Disse Deus no princípio: Façamos a luz. Foi esta a luz primeira fonte de toda a vida. Disse Deus: Faça-se o firmamento, o sol, a lua e as estrelas do céu. Haja flores e plantas, sementes, pássaros e animais. Disse Deus: à nossa imagem e semelhança surjam do pó da terra o homem e a mulher como senhores de toda a Criação”.

Ao celebrarmos um dia dedicado à Criação devemos agradecer tão grande dom. Para todas as pessoas de boa vontade e de modo particular para os cristãos este deve ser um dia de ação de graças, de louvor, de respeito por toda a natureza criada.

Com São Francisco de Assis dizemos: “Louvado seja Deus na Natureza, Mãe gloriosa e bela da Beleza, e com todas as criaturas: Pelo irmão senhor Sol, o mais bondoso e glorioso irmão pelas alturas, o verdadeiro, o belo que alumia. Criando a pura glória – a luz do dia!” (Cântico das Criaturas).

Ao refletirmos sobre os desafios colocados ao mundo de hoje sobre a importância da ecologia e o seu equilíbrio, para bem da natureza, faz nos bem parar um pouco e escutar os seguintes apelos: os desafios das alterações climáticas, a poluição do ar, das águas e do meio ambiente, a degradação da natureza vegetal, animal e humana, a contaminação das fontes, dos rios, dos mares e dos oceanos, o aquecimento global do planeta e a destruição dos glaciares, a destruição das florestas provocada pelos incêndios e outros interesses, a destruição de cidades, a fuga de refugiados, a perseguição e morte de inocentes são situações degradantes para a vida de todo o ser humano.

Apesar destas sombras densas, que não se devem ignorar perante as ameaças contra a Criação Deus continua a espalhar as sementes do Verbo e do bem na humanidade. Convido todas as pessoas a viver a esperança cristã com ousadia, aberta aos grandes ideais, caminhando todos na beleza e na dignidade do Criador respeitando a Criação. Como nos pede o Papa Francisco na Encíclica Fratelli Tutti: “Caminhemos na Esperança” (FT 55).

Ao olhar para os problemas que se vivem no Afeganistão, para o seu povo, os refugiados em tantas partes do mundo, convido os cristãos desta Diocese de Viseu a fazer um dia de oração, de jejum e de penitência pela paz e concórdia no Afeganistão e em tantos países que fazem parte da Casa Comum.

Ao celebrarmos o nascimento de Nossa Senhora no próximo dia 8 de setembro, quero pedir a Maria de Nazaré a paz para o mundo e com a união da nossa oração fraterna, agradecer em nome da Diocese de Viseu às Irmãs Religiosas do Instituto do Sagrado Coração de Maria todo o apostolado realizado, nesta cidade, o bem que semearam no coração das crianças, dos jovens e dos adultos ao longo de tantas décadas de serviço à Igreja nesta Diocese, contribuindo assim, para que Jesus cresça em nós e todos “tenhamos a vida em abundância”. Rezemos pelas irmãs que partem e na gratidão com elas, imploremos o dom de famílias boas e generosas e muitas vocações para a Igreja.

 

† António Luciano,
Bispo de Viseu
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