Iniciámos um novo ano Pastoral. A apresentação oficial será na tarde do próximo dia 26, domingo, associada ao Encontro Diocesano da Juventude no colégio da Via Sacra em Viseu.
Nos próximos três anos, o tema do projeto (plano) pastoral para a Diocese de Viseu é-nos dado pelo Papa Francisco no decorrer das Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa (JMJ). Inspirados no discurso que o Papa dirigiu a cerca de um milhão e meio de participantes na Vigília com os jovens no Parque Tejo, assumimos a urgência de sermos “Todos Raízes da Alegria” numa Igreja que se quer renovada, alegre, jovem e missionária. Como referiu o Papa Francisco nesta vigília: «a alegria é missionária… não é para ficar numa pessoa, mas para levar alguma coisa. Eu levo esta alegria aos outros. Nós temos raízes de alegria e, simultaneamente, podemos ser raízes de alegria para os outros… mas, uma alegria que cria raízes». Estava lançado o desafio aos jovens e a “todos, todos, todos” de perceberem onde é que esta alegria está enraizada.
Com efeito, a alegria é um elemento central da experiência cristã e «enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus» (EG 1). A Jornada Mundial de Lisboa é uma evidência inequívoca da experiência partilhada de uma alegria intensa, a alegria de comunhão, a alegria de ser cristão, a alegria de caminharmos juntos, a alegria da fé. Na parte final desta grande jornada, Francisco disse aos jovens: «vós sois o Santo Povo fiel de Deus que caminha com a alegria do Evangelho».
As JMJ são um ponto de chegada e um ponto de partida. Deste evento eclesial devemos tirar ilações práticas e integrá-las na vida das nossas comunidades e paróquias ao longo dos próximos anos. Perante o evidente cenário das nossas igrejas esvaziadas e das assembleias envelhecidas, de tantas paróquias que continuam a estruturar-se com base em modelos do passado, precisamos de uma maior abertura à renovação da mentalidade e das estruturas. É necessária uma criatividade pastoral grande para perceber que tipo de evangelização podemos fazer e quais são os seus destinatários. Não se trata de mudar a mensagem, mas sim a linguagem; não se pede a mudança de conteúdo, mas o modo e a forma de o apresentar; não muda a prioridade, mas tem de mudar o método.
Neste caminho que devemos percorrer juntos, o Sínodo dos bispos já em curso e o Jubileu Ordinário, que se realizará em Roma entre 2024-2025, com o lema “Peregrinos da Esperança”, ser-nos-ão de ajuda e estímulo para o nosso percurso.
Na prática, o que desejamos para este triénio pastoral, é que seja um bonito caminho pascal, um caminho de ressurreição da vida pessoal e comunitária em que cada um e todos se sintam Chamados, Transformados e Enviados. Que perseveremos e permaneçamos fiéis à alegria que nasce do encontro com Aquele que é a razão primeira da nossa alegria e quotidianamente nos chama, Jesus Cristo.
Pe. João Zuzarte
Vigararia da Pastoral