Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Durante a manhã de hoje, 22 de março, a Sé de Viseu recebeu o presidente do Património Cultural I.P., arquiteto João Carlos Santos, acompanhado por uma equipa de técnicos, com o objetivo de dialogar com a Diocese de Viseu sobre as intervenções prioritárias que serão levadas a cabo na Catedral, nesta que será a quarta fase das obras de conservação e restauro, ao abrigo do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em representação da Diocese de Viseu, estiveram presentes, D. António Luciano, Bispo de Viseu, a coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese, Fátima Eusébio, o Ecónomo Padre Abel Rodrigues e o Cónego Manuel Matos, Deão do Cabido da Sé de Viseu.

“O valor atribuído a esta quarta fase é de 800 mil euros que serão aplicados nas prioridades definidas, dentro do processo atual, e as obras terão de estar concluídas até março de 2026. Contudo, é certo que as intervenções não irão terminar nesta fase, já que os trabalhos necessários não ficarão todos concluídos neste pacote de financiamento”, explica Fátima Eusébio, coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese.

As intervenções abrangidas neste financiamento vão incidir sobre o restauro das estruturas de talha que estão em falta, concretamente: o retábulo de Nossa Senhora do Rosário, o retábulo do Sagrado Coração de Jesus, o retábulo de Nossa Senhora da Piedade, situado no claustro, e os cadeirais da capela-mor e do coro alto. Serão também contempladas a limpeza da fachada posterior da Catedral e das escadarias, a reabilitação do pavimento, de alguns dos painéis de azulejos e dos balaústres do claustro superior, a instalação elétrica do Passeio dos Cónegos, o pavimento da Capela-Mor, as janelas e portas, nomeadamente do Tesouro da Catedral – Museu de Arte Sacra, e a colocação dos azulejos na sala de reuniões do Cabido, que foram retirados na última intervenção.

As primeiras três fases de intervenções, de que a Catedral já foi alvo, orçadas em cerca de dois milhões de euros, recaíram sobre a retificação das coberturas, o tratamento da abóbada, o restauro da sacristia, da abóbada da capela-Mor, do retábulo-Mor, da capela de São João Batista e dos azulejos da antiga capela batismal, bem como a intervenção nas paredes e abóbada do claustro inferior, o restauro do retábulo da Senhora de Assunção, a resolução de humidades no alçado posterior, a recuperação da escadaria de granito do acesso à Torre, a requalificação do edifício Casa de Santa Maria e a limpeza da fachada da Sé.

Fátima Eusébio destaca a importância deste percurso de intervenções, que considera serem essenciais para a preservação da Catedral. “É importante que a caminhada das intervenções continue com o objetivo de termos o edifício da Sé, um ícone do património da cidade de Viseu, aberto ao público, que deve estar com a devida conservação do espaço e do seu espólio, atraindo assim também cada vez mais visitantes, tanto pela sua beleza, como por aquilo que representa simbolicamente. Queremos que convide os fiéis à visita e a estarem neste espaço a rezarem e a celebrarem a sua fé. É importante preservar o património para que seja vivido, tanto por quem tem fé, como por quem tem apenas interesse cultural”, realça, acrescentando que “são obras muito demoradas e dispendiosas, mas essenciais para a preservação e valorização do monumento”.

O Bispo de Viseu mostrou-se satisfeito pela reunião, que “é mais um passo dado que vai contribuir para a melhoria do edifício da Catedral”, realçando que “as intervenções que serão realizadas vão beneficiar toda a comunidade”.

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