Nesta Páscoa, desejo aos cristãos, sacerdotes, diáconos, consagrados (as) e leigos a alegria de testemunhar a sua fé em Cristo Ressuscitado nas suas comunidades com votos de Santas Festas Pascais.
Desejo a todas as pessoas de boa vontade, que vivem outras formas de expressar a fé e a religião, a minha comunhão fraterna, a minha oração e a minha estima pessoal. Convido todos, todos, todos a sermos verdadeiros construtores da paz, fruto novo nascido da Páscoa.
A Liturgia Pascal conduz-nos à Terra Santa, martirizada pela guerra, ódio e violência para nos trazer de novo o feliz anúncio da Ressurreição de Jesus, proclamado com alegria às mulheres e aos discípulos na Páscoa da Nova Aliança.
Peço a Deus, para que a luz de Cristo ilumine a terra inteira e traga hoje a paz e a concórdia a todos os povos e nações. Convido-vos, a todos, a celebrar a Páscoa de Cristo Ressuscitado, com alegria e esperança, de modo a fazermos a experiência de passar da morte para a vida, do pecado para a graça, da fé para a festa do amor, da razão humana para a certeza da vida cristã “enraizada em Cristo”.
A vida nova, que nasceu da Páscoa com o Ressuscitado abrace a humanidade inteira e a Igreja, particularmente os que estão marcados pelo sofrimento, dor, abandono, indiferença e fragilidade. O caminhar juntos, pela estrada de Emaús protege-nos, fortalece-nos e ilumina-nos para construirmos a unidade da Igreja na “comunhão, na participação e na missão”, testemunhando ao mundo a vida do Ressuscitado.
Continuemos a viver a alegria e a esperança de Cristo Ressuscitado, procurando contagiar o nosso mundo com os valores perenes e cristãos, para que devolvam a todos a confiança e a certeza de um mundo novo.
É preciso devolver aos perseguidos, aos desanimados, aos vencidos, aos indefesos, aos destruídos pela guerra, aos que experimentaram a violência e a maldade dos homens o mundo novo da paz, da justiça, da liberdade, que nasceu na Páscoa, a festa da passagem da opressão para a verdadeira libertação.
Perante o aumento de refugiados, migrantes e deslocados de tantos países no mundo, por causa da guerra, da perseguição, da fome, do medo e da insegurança não podemos ficar indiferentes e alheios a tão terríveis males. Aspiramos todos a viver os dons do alto, a construir o dom da paz que Cristo Ressuscitado partilha connosco.
Uma palavra de esperança e votos de Santas Festas de Páscoa, para todas as comunidades cristãs da Diocese com os seus Pastores. Uma palavra de paz e confiança aos governantes, responsáveis de instituições, organizações e a todos os que estão ao serviço da comunidade humana e eclesial e trabalham para o bem do nosso povo.
Uma palavra de estima e de bênção em Cristo Ressuscitado às famílias, às crianças, aos adolescentes, aos jovens, aos adultos, aos idosos, aos doentes, aos pobres, aos sem trabalho, aos excluídos, aos migrantes, aos deslocados, aos refugiados e aos sem-abrigo.
Que nesta Páscoa todos aspiremos a viver o dom da paz, que Cristo Ressuscitado partilha connosco. A Igreja anuncia ao mundo a vida nova em Cristo Ressuscitado e oferece a todos, com alegria, votos de Boas Festas Pascais, na Esperança de caminhar na fé, rumo ao Jubileu de 2025.
Eis o grande anúncio Pascal: Jesus Cristo Ressuscitou! Deu a sua vida por nós, morreu na Cruz para nos salvar e agora saúda-nos dizendo: “A paz esteja convosco!” (Lc 24,36).
Felizes e Santas Festas de Páscoa, em Cristo Ressuscitado. Aleluia! Aleluia!
+ António Luciano, Bispo de Viseu