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Voz do Pastor

O tema escolhido pelo Papa Francisco para se dirigir aos cristãos na sua Mensagem para celebrar o 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações é muito atual e potenciador da esperança: “Chamados a semear a esperança e a construir a paz”.

A vocação é sempre um mistério encarnado num projeto de vida, marcado pela esperança e confiança que Deus deposita em cada um de nós.

A chamada que o Senhor faz a cada um de nós é sempre um dom, uma oportunidade para tomar consciência do projeto de Deus a nosso respeito e a encarnar a beleza do Evangelho nos diferentes estados de vida.

O Papa Francisco inicia a sua mensagem afirmando: “a nossa vida realiza-se e torna-se plena quando descobrimos quem somos, as qualidades que temos e o campo onde é possível pô-las a render, quando descobrimos que estrada podemos percorrer para nos tornarmos sinal e instrumento de amor, acolhimento, beleza e paz nos contextos em que vivemos”.

No cenário de guerra, de conflitos e de divisões, em que vivemos hoje, o mundo e a Igreja precisam de testemunhas da esperança na vivência da vocação de consagração ao sacerdócio, no diaconado permanente, como religiosos e religiosas, os consagrados, os leigos homens e mulheres de todas as idades e condições que dedicam o seu serviço às necessidades dos irmãos.

Um pormenor da mensagem do Papa é lembrar a todos os que “abraçaram uma vocação que envolve toda a sua vida”, são peregrinos de esperança e construtores de paz.

Por isso, pensa “nas mães e nos pais”, pensa em todos aqueles, “homens e mulheres de boa vontade que se dedicam ao bem comum”. “Penso nas pessoas consagradas, que oferecem a sua existência ao Senhor quer no silêncio da oração quer na atividade apostólica, às vezes na linha de vanguarda e sem poupar energias, servindo com criatividade o seu carisma e colocando-o à disposição de quantos encontram”.

O Papa Francisco afirma ainda: “E penso naqueles que acolheram a chamada ao sacerdócio ordenado, se dedicam ao anúncio do Evangelho, repartem a sua vida – juntamente com o Pão Eucarístico – pelos irmãos, semeiam esperança e mostram a todos a beleza do Reino de Deus”.

No convite feito aos jovens, especialmente aos que se sentem distantes ou olham para a Igreja com desconfiança, o Papa Francisco faz um apelo: “Deixai-vos fascinar por Jesus, dirigi-lhe as vossas perguntas importantes, através das páginas do Evangelho […]. “Ele respeita mais do que ninguém a nossa liberdade, não Se impõe, mas propõe-Se: dai-Lhe espaço e encontrareis a vossa felicidade no seu seguimento e, se vo-la pedir, na entrega total a Ele”.

O povo de Deus em caminho sinodal é convidado a viver a polifonia dos carismas e das vocações em cada comunidade cristã através da oração para pedir o aumento das vocações para a Igreja respondendo ao apelo de Jesus:

“Rogai ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe” (Lc 10,2). A Igreja é chamada a esta responsabilidade de cuidar das vocações.

Somos convidados a criar nas nossas comunidades uma cultura vocacional para ajudar os cristãos a ser peregrinos da esperança e construtores da paz. Olhando para meta da nossa realização pessoal, vivamos a vida como entrega ao outro.

O projeto de vida pessoal e a vocação cristã de cada batizado enraíza-se no mistério Pascal de Cristo, fundamento da nossa fé e da nossa esperança, caminho iniciado no dom do chamamento eclesial a que cada um é convidado a recomeçar de novo.

O sentido da peregrinação cristã assenta na disponibilidade de “estarmos em caminho à descoberta do amor de Deus e, ao mesmo tempo, à descoberta de nós mesmos, através de uma viagem interior, mas sempre estimulados pela multiplicidade das relações. Portanto, peregrinos porque chamados: chamados a amar a Deus e a amar-nos uns aos outros”.

Convido o povo cristão a rezar durante esta semana pelo aumento das vocações de consagração na Igreja, pois a riqueza de cada vocação está em servir a Deus e a Igreja com alegria, fidelidade e esperança.

Agradeço aos consagrados(as), que trabalham na Diocese de Viseu todo o trabalho pastoral realizado na construção da Igreja com comunidades vivas e renovadas pela sua oração, exemplo de vida e o testemunho de peregrinos da esperança, construtores da paz de Jesus Ressuscitado, o bom Pastor.

Que Nossa Senhora cuide das vocações e conceda aos jovens estagiários que vão receber o ministério de acólito a alegria de servir o altar do Senhor  com perseverança e anunciar aos jovens de hoje a “Alegria do Evangelho”.

+António Luciano, Bispo de Viseu

CategoryBispo, Diocese, Igreja

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