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A voz do Pastor

O sentido da vida com esperança desafia-nos sempre, mas de modo particular nesta “Semana da Vida”, que estamos a celebrar e na peregrinação de preparação para a festa de Pentecostes.

A vida, origem da existência do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, faz-nos participantes da vida divina em abundância oferecida por Jesus a toda a humanidade.

A “Semana da Vida” que estamos a viver no contexto atual, tornou-se nestes dias num mar de peregrinos a renascer, que em Fátima mostraram ao mundo o sentido da vida humana com esperança, testemunhada na expressão da fé num mundo novo que há de vir.

Num mundo marcado por guerras e violências e em tantos atentados contra a vida humana por falta de respeito pelos Direitos Humanos, é bom recordar como é importante a valorização, dignificação e respeito da vida humana em todas as suas expressões, defendo-a de agressões desde o momento da conceção até à morte natural.

Todos os acontecimentos da nossa existência humana devem ser uma expressão e um sinal de respeito e de cuidado pela vida do próximo, de modo especial a mais vulnerável e frágil.

A vida humana deve ser vista sempre como um dom, um valor e uma entrega ao outro na reciprocidade do serviço, mesmo na fragilidade. A minha vida completa a do outro numa relação sadia e fraterna, numa alteridade de respeito mútuo e de entrega no diálogo, no acolhimento, na comunhão e na aceitação do outro tal como a si mesmo. A mensagem cristã do “mandamento novo do amor”, leva-nos como nos pediu Jesus, a amarmo-nos uns aos outros como Ele nos amou.

A amar a todos como irmãos e perdoar até aos próprios inimigos. Todos juntos com a mesma dignidade de filhos de Deus, unidos na fraternidade, na igualdade, na solidariedade, embora diferentes na diversidade de ser homem e mulher criados à imagem e semelhança de Deus.

A peregrinação a Fátima vivida por milhares de cristãos foi um hino à Vida e um apelo a viver a vida com sentido e animada pela esperança que nos vem do Evangelho.

O Santuário de Fátima como “Altar do Mundo”, sinal de uma Igreja de portas abertas em caminho sinodal, cumpriu   uma vez mais a sua missão. Na casa da Mãe, sentimos o pulsar do Coração de Maria, acolhidos pelo seu cuidado materno sentimos a grandeza da vida humana e sobrenatural, que Jesus veio trazer à humanidade com a pregação do Evangelho.

A Mensagem de Fátima é um convite à conversão pelo caminho da penitência e da oração para participarmos na construção do Reino de Deus e na dilatação do Evangelho.

Mais de duzentos mil peregrinos reuniram-se em Fátima na peregrinação internacional de 12 e 13 de maio para pedir a Deus o respeito pela vida, rezar pela paz e confiar o sentido da vida com esperança a Nossa Senhora rumo ao Jubileu de 2025.

A caminhar para a reta final do Tempo Pascal animados pela Esperança que Cristo Ressuscitado transmitiu aos seus discípulos vivamos com alegria e em espírito de oração a novena do Espírito Santo.

Em cada domingo na Profissão da Fé, rezamos no Credo: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a Vida”. É um ato de fé da Igreja no Espírito Santo, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

Em caminhada para o Pentecostes unidos com toda a Igreja, com o exemplo de “Maria que perseverava em oração com os discípulos” para implorar a vinda do Espírito Santo concedam à Igreja a graça de um novo Pentecostes.

O Espírito Santo que Jesus envia à Igreja, o “Paráclito, o Consolador”, venha em nosso auxílio em cada dia, para nos renovar, santificar e ensinar todas as coisas, o Espírito de “sabedoria, de inteligência, de conselho, de fortaleza, de ciência, de piedade e de temor de Deus”.

Os dons do Espírito Santo derramados sobre cada um de nós, fazem de nós novas criaturas chamadas a produzir os frutos do Espírito: “Caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e temperança” (Gal 5,22-23). Não nos cansemos de rezar e dizer com alegria e fé: “Mandai Senhor o vosso Espírito e renovai a face da terra”.

Convido todos os jovens e adultos em caminhada para o Sacramento do Crisma, que se preparem com fé e alegria, cheios de esperança conduzidos pelas mãos de Maria, aprendam a viver como “discípulos missionários” para que seguindo o Espírito caminhem na vida nova segundo o mesmo Espírito.

António Luciano, Bispo de Viseu

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